Royal Mail à venda

O governo britânico anunciou, dia 10, a privatização do serviço público de correios Royal Mail, medida contestada pelo Sindicatos de Trabalhadores das Comunicações (CWU).

Segundo o Tesouro, a venda das acções em bolsa poderá render entre dois e três mil milhões de libras (cerca de 2,3 e 2,4 mil milhões de euros), mas para o primeiro-ministro, David Cameron, o objectivo da alienação é a «modernização» deste serviço público.

Na oposição está o sindicato CWU que já lançou a campanha «Salvemos o nosso Royal Mail», advertindo que a venda a privados irá encarecer o serviço e precarizar as condições de trabalho.

O secretário-geral deste sindicato, Billy Hayes, escreveu uma carta ao ministro dos Negócios e Empresas, Michael Fallon, em que avisa que a venda dos correios levará inevitavelmente a uma greve no sector.

O governante não mostrou sinais de cedência, afirmando à BBC que os correios «estão destinados a converterem-se num negócio comercial de sucesso».

A venda poderá concretizar-se nos próximos três meses, prevendo-se que as multinacionais TNT e DHL se posicionem como possíveis interessadas. 



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