Cañamero protesta em silêncio

O presidente do Sindicato Andaluz dos Trabalhadores (STA) recusou-se, dia 10, a prestar declarações perante o Tribunal Superior de Justiça, em Granada, para onde foi levado pela guarda civil.

Acusado de ter participado na ocupação da herdade militar da Turquillas, no Verão do ano passado, Diego Cañamero foi detido na véspera à tarde, quando saía de uma reunião da direcção do Sindicato e se dirigia para uma assembleia de trabalhadores na região.

Depois de passar a noite detido, o sindicalista foi presente ao tribunal, onde permaneceu em silêncio. Libertado pelo juiz, Cañamero declarou à saída que «ninguém deve tomar esta minha atitude como uma falta de respeito ao juiz. É um protesto pacífico ante a maior campanha de criminalização da história contra o sindicalismo andaluz de classe. O SAT decidiu que nos declaramos insubmissos judiciais, não por capricho, mas para protestar contra a repressão. Por isso permaneceremos mudos perante os juízes», disse Cañamero garantindo perante dezenas de activistas que manterá esta «atitude pacífica de não colaboração com a repressão».



Mais artigos de: Europa

Resposta popular à ofensiva

Trabalhadores de todos os sectores cumpriram, anteontem, 16, uma greve geral na Grécia contra os despedimentos e a abolição de direitos sociais, laborais e políticos.

A queda de Juncker

Ministro há 30 anos e primeiro-ministro há 18, Jean-Claude Juncker apresentou a sua demissão, dia 10, na sequência de um relatório parlamentar sobre os serviços secretos.

Royal Mail à venda

O governo britânico anunciou, dia 10, a privatização do serviço público de correios Royal Mail, medida contestada pelo Sindicatos de Trabalhadores das Comunicações (CWU). Segundo o Tesouro, a venda das acções em bolsa poderá render entre dois e...

França perde triplo A

A agência Fitch retirou, dia 12, à França a notação máxima de triplo A, seguindo a decisão já anteriormente tomada pela Standard and Poor's e a Moody's. A Fitch justificou a decisão com as incertezas sobre as perspectivas de crescimento do país. Ao...

Da seriedade e da «solidariedade»

O golpe de teatro consumou-se. Depois de repetidas juras de que rejeitaria a proposta de orçamento da UE para o período 2014-2020, depois de rios de tinta sobre a mais que provável «crise institucional» que daí resultaria, eis que o Parlamento Europeu,...