Greves na Neolux

Para exi­girem o pa­ga­mento de re­mu­ne­ra­ções em atraso, os tra­ba­lha­dores da Ne­olux pa­ra­li­saram to­tal­mente a fá­brica no dia 27 de Agosto, du­rante parte da manhã, e po­derão voltar a parar, a partir de amanhã, dia 6, por uma se­mana, in­formou o Sin­di­cato das In­dús­trias Eléc­tricas do Sul e Ilhas. Aquela em­presa fa­bri­cante de anún­cios lu­mi­nosos, com 56 tra­ba­lha­dores nas suas ins­ta­la­ções em Rio de Mouro (Sintra) deve parte do sub­sídio de Natal de 2012 e o sub­sídio de fé­rias de 2013, mi­lhares de horas de tra­balho su­ple­mentar, afirma o SIESI. Está ainda por cum­prir a ga­rantia de que os sa­lá­rios são pagos até ao úl­timo dia útil de cada mês, acres­centa o sin­di­cato da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN.
Os tra­ba­lha­dores exigem a ime­diata re­po­sição de cerca de 25 por cento dos sa­lá­rios, uma par­cela que lhes tem sido ile­gal­mente de­du­zida, desde Abril, no âm­bito de um lay-off que a pró­pria ACT já re­co­nheceu ser nulo. A ge­rência é acu­sada de dis­cri­mi­nação na apli­cação destas me­didas, pois mantém o pa­ga­mento in­te­gral a al­guns tra­ba­lha­dores, e de manter uma ati­tude de inércia na pro­cura de cli­entes que «pode ter como ob­jec­tivo pre­me­di­tado o de­fi­nha­mento eco­nó­mico e fi­nan­ceiro da em­presa e com­pro­meter mesmo o seu fu­turo».
O SIESI di­vulgou, no dia 30, um apelo à so­li­da­ri­e­dade com a luta dos tra­ba­lha­dores da Ne­olux, re­ve­lando que o pa­trão, Delfim Costa, sus­pendeu ar­bi­tra­ri­a­mente da pres­tação do tra­balho um dos de­le­gados sin­di­cais.
Está em dia o pa­ga­mento do alu­guer das ins­ta­la­ções a uma em­presa do mesmo pa­trão, o que leva o sin­di­cato a acusar que «o pa­trão uti­liza os re­cursos fi­nan­ceiros re­sul­tantes da fa­tu­ração para se pagar a si pró­prio e a cerca de uma de­zena de “co­la­bo­ra­dores” es­co­lhidos por si».

SOS Mo­bile

Na SOS Mo­bile, em­presa de re­pa­ração de te­le­mó­veis, se­diada em Al­fra­gide, teve ele­vada adesão a greve de um dia, re­a­li­zada a 16 de Agosto, para exigir o pa­ga­mento dos sa­lá­rios em atraso, in­formou o SIESI. A dí­vida sa­la­rial ul­tra­passa já os 350 mil euros, mas os tra­ba­lha­dores estão in­te­gral­mente ocu­pados e a em­presa con­tinua a fac­turar aos ní­veis de anos an­te­ri­ores, no­tava o sin­di­cato, ao dar conta da de­cisão de voltar à greve no dia 26 de Agosto.




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