Simulacro camuflou problemas

A falta de equi­pa­mentos, de vi­a­turas e de efec­tivos no Re­gi­mento de Sa­pa­dores Bom­beiros foi ca­mu­flada pela CM de Lisboa, du­rante o si­mu­lacro que as­si­nalou os 25 anos do in­cêndio no Chiado, pro­testou o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores do Mu­ni­cípio de Lisboa.

Fa­lando no dia 25 de Agosto, du­rante o evento, o pre­si­dente da Câ­mara, An­tónio Costa, con­si­derou que o si­mu­lacro de­mons­trou que a ci­dade está hoje mais pre­pa­rada para res­ponder a uma si­tu­ação de in­cêndio do que há 25 anos. Mas, para o STML/​CGTP-IN, o au­tarca «ca­mu­flou a re­a­li­dade do re­gi­mento e a de­gra­dação das con­di­ções com que nos úl­timos anos se têm de­pa­rado os sa­pa­dores».

À agência Lusa, An­tónio Pas­coal (sa­pador há 20 anos e di­ri­gente do STML) lem­brou o re­du­zido nú­mero de ope­ra­ci­o­nais, de vi­a­turas e de equi­pa­mentos de pro­tecção in­di­vi­dual. Há bom­beiros que usam «equi­pa­mentos com mais de 20 anos», como ele pró­prio. Re­cordou que um bom­beiro morreu no Chiado, em 1988, com graves quei­ma­duras e re­feriu ter co­nhe­ci­mento de ele­mentos do quartel de Al­va­lade que então se quei­maram nas mãos, por não terem luvas em con­di­ções.

Ad­mi­tindo que nos úl­timos anos houve in­ves­ti­mento em vi­a­turas, as­si­nalou que muitas não estão a tra­ba­lhar. «De dez auto-es­cadas, só temos quatro a fun­ci­onar», porque «há peças que pre­cisam de ser re­pa­radas, que custam 700 euros, e nin­guém au­to­riza». E «dos onze jipes com­prados nos úl­timos anos, apenas dois estão ope­ra­ci­o­nais», pois «foram mal equi­pados e não passam nas ins­pe­ções».

O si­mu­lacro «de­veria servir para lem­brar, a todos, a im­por­tância de ter um corpo de bom­beiros mo­ti­vados e pre­pa­rados e com con­di­ções para acudir a qual­quer si­nistro em qual­quer mo­mento», sa­li­entou o di­ri­gente.




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