Encontro de partidos comunistas da Europa

PCP presente

O PCP par­ti­cipou no En­contro de Par­tidos Co­mu­nistas da Eu­ropa, pro­mo­vido pelo Par­tido Co­mu­nista da Grécia, no pas­sado dia 30 de Se­tembro, em Bru­xelas, fa­zendo-se re­pre­sentar por Inês Zuber, membro do Co­mité Cen­tral.

Na sua in­ter­venção, o PCP su­bli­nhou a im­por­tância da co­o­pe­ração entre os par­tidos co­mu­nistas e re­a­firmou a sua dis­po­ni­bi­li­dade para re­forçar o ca­minho da acção comum ou con­ver­gente em torno de pro­blemas con­cretos, como a si­tu­ação exige e tendo em conta a di­ver­si­dade de si­tu­a­ções e ta­refas ime­di­atas que se co­locam aos par­tidos co­mu­nistas, va­lo­ri­zando o que os apro­xima e une para além de na­tu­rais di­fe­renças que possam existir.

O PCP su­bli­nhou igual­mente a im­por­tância da ar­ti­cu­lação entre os par­tidos co­mu­nistas e ou­tras forças pro­gres­sistas, no­me­a­da­mente no quadro das pró­ximas elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu (PE), bem como da in­ter­venção con­se­quente do Grupo Con­fe­deral da Es­querda Uni­tária Eu­ro­peia/​Es­querda Verde Nór­dica do PE, em prol de uma outra Eu­ropa de co­o­pe­ração, de pro­gresso e de paz, uma Eu­ropa dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

Co­o­pe­ração e ar­ti­cu­lação que o PCP de­fendeu serem tão mais im­por­tantes quando no con­ti­nente Eu­ropeu o pro­cesso de in­te­gração ca­pi­ta­lista con­fi­gu­rado na União Eu­ro­peia co­loca pro­blemas que são co­muns a todos os tra­ba­lha­dores e povos da Eu­ropa. Pro­blemas que, como o PCP sa­li­entou, são ine­rentes à na­tu­reza de classe e de bloco im­pe­ri­a­lista da União Eu­ro­peia, à de­riva ne­o­li­beral, fe­de­ra­lista e mi­li­ta­rista de que se ali­menta, à vi­o­lenta ofen­siva ex­plo­ra­dora, anti-de­mo­crá­tica e agres­siva com que pro­cura ul­tra­passar as di­fi­cul­dades e con­tra­di­ções com que se de­bate. Na­tu­reza de classe, de­riva e ofen­siva da União Eu­ro­peia que está na base do cres­ci­mento do de­sem­prego e pre­ca­ri­e­dade, da brutal queda de sa­lá­rios e ren­di­mentos, do ataque ge­ne­ra­li­zado às fun­ções so­ciais do Es­tado, do saque do pa­tri­mónio pú­blico e que, para países como Por­tugal, re­pre­senta uma au­tên­tica co­lo­ni­zação de facto que sa­queia a ri­queza, im­pede o de­sen­vol­vi­mento do país e gol­peia du­ra­mente a so­be­rania e a in­de­pen­dência na­ci­onal.

Cha­mando à atenção de que a de­pen­dência e sub­missão de Por­tugal ao im­pe­ri­a­lismo é uma questão cen­tral na luta do povo por­tu­guês, du­rante o fas­cismo e hoje, par­ti­cu­lar­mente pela par­ti­ci­pação na União Eu­ro­peia e no Euro e pelo «pro­grama de ajus­ta­mento» im­posto pelo PS, PSD e CDS com a UE e o FMI, o PCP sa­li­entou que não é pos­sível a ne­ces­sária vi­ragem na si­tu­ação na­ci­onal e as­se­gurar o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano e in­de­pen­dente de Por­tugal sem o firme com­bate às pres­sões e in­ge­rên­cias ex­ternas e a rup­tura com o pro­cesso de in­te­gração ca­pi­ta­lista eu­ropeu.

No En­contro, o PCP su­bli­nhou ainda a sua in­ter­venção em Por­tugal em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo, pela rup­tura com mais de 37 anos de po­lí­tica de di­reita, por uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda que abra ca­minho à De­mo­cracia Avan­çada e ao So­ci­a­lismo.




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