CGTP-IN evoca Álvaro Cunhal

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A CGTP-IN levou a cabo duas im­por­tantes e mar­cantes ini­ci­a­tivas re­la­ci­o­nadas com o cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal, de­di­cando-lhe um nú­mero da sua re­vista CGTP Cul­tura e pro­mo­vendo duas ses­sões: uma de apre­sen­tação da re­vista, no dia 21 de No­vembro, e outra, evo­ca­tiva de Álvaro Cu­nhal e Bento de Jesus Ca­raça, no dia 27. Esta úl­tima teve como lema «O papel do co­nhe­ci­mento, da edu­cação e da cul­tura na luta por uma so­ci­e­dade mais justa, li­berta da ex­plo­ração» e sa­li­entou o con­tri­buto de Cu­nhal e Ca­raça para uma visão pro­gre­sista, de­mo­crá­tica e avan­çada da edu­cação e da cul­tura, in­dis­so­ciá­veis das con­di­ções po­lí­ticas, so­ciais e eco­nó­micas con­cretas.

Os ora­dores con­vi­dados foram Amé­rico Nunes, fun­dador e di­ri­gente da CGTP-IN ao longo de vá­rios anos, Ana Maria Bet­ten­court, pro­fes­sora e ex-pre­si­dente do Con­selho Na­ci­onal de Edu­cação, e o es­critor Do­mingos Lobo, abor­dando cada um deles di­fe­rentes fa­cetas da vida, do pen­sa­mento e, so­bre­tudo, do le­gado destas duas fi­guras mai­ores da his­tória con­tem­po­rânea por­tu­guesa.

As in­ter­ven­ções foram se­guidas com grande in­te­resse pela pla­teia, sus­ci­tando um vivo de­bate do qual res­sal­taram sé­rias pre­o­cu­pa­ções com o rumo das po­lí­ticas se­guidas pelo ac­tual Go­verno no que à edu­cação diz res­peito. Foi unâ­nime a de­ter­mi­nação dos par­ti­ci­pantes em de­fen­derem ac­ti­va­mente a es­cola pú­blica, de acordo, aliás, com o que está es­ti­pu­lado na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica. Sa­li­entou-se ainda o papel que os dois ho­me­na­ge­ados de­sem­pe­nharam na luta pela uni­dade contra a di­ta­dura e a ex­plo­ração e a sua con­vicção de que o co­nhe­ci­mento, a edu­cação e a cul­tura devem estar ao ser­viço da hu­ma­ni­dade e aces­sí­veis às ca­madas po­pu­lares.

No dia 21, a apre­sen­tação do mais re­cente nú­mero da re­vista CGTP Cul­tura (da res­pon­sa­bi­li­dade do De­par­ta­mento de Cul­tura e Tempos Li­vres da cen­tral) contou com as in­ter­ven­ções do Se­cre­tário-geral Ar­ménio Carlos, do res­pon­sável pelo de­par­ta­mento Fer­nando Gomes, e do es­critor e crí­tico li­te­rário Do­mingos Lobo. De­pois de Fer­nando Gomes ter sa­li­en­tado que Álvaro Cu­nhal foi um «de­fensor in­can­sável dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores», o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN re­cordou o papel fun­da­mental de Álvaro Cu­nhal e do PCP para a cons­trução do pro­jecto sin­dical con­subs­tan­ciado na In­ter­sin­dical.

A re­vista conta com o con­tri­buto de vá­rios au­tores, que re­flectem sobre di­versos as­pectos da obra teó­rica, li­te­rária e plás­tica de Álvaro Cu­nhal, e pode ser con­sul­tada no sítio da CGTP-IN na In­ternet (cad.cgtp.pt/​images/​sto­ries/​CGTP-CUL­TURA/​cgtp­cul­tu­ra_­se­ri­eii_5.pdf).



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