A lista unitária na Comissão de Trabalhadores do Millennium BCP reforçou o apelo à participação nas reuniões de pessoal do banco, que o Sintaf/CGTP-IN convocou para Lisboa, ontem e no dia 28 (na sede do sindicato) e Porto (hoje, na Casa Sindical da USP).
Depois de lembrar o alerta feito já em Novembro de 2012, perante a chantagem de um despedimento colectivo de 600 pessoas, a lista unitária condena a «traição» das estruturas que assinaram, no último dia de 2013, um acordo a aceitar cortes salariais e a admitir a possibilidade de um futuro despedimento colectivo.
«Até 31 de Dezembro de 2013, os trabalhadores viram, ouviram e leram daqueles “sindicatos” tudo e o seu contrário», protesta-se no comunicado da lista unitária, que «encoraja os trabalhadores sócios dos ditos “sindicatos” a darem-lhes uma resposta à altura, começando por saírem dos mesmos». 

CT de fora 

A Comissão de Trabalhadores do BCP reiterou, no dia 8, «a sua posição anteriormente manifestada de oposição quer aos cortes salariais, quer ao despedimento colectivo» e lamentou «uma vez mais não ter tido acesso aos mesmos documentos entregues aos sindicatos da Febase e da FSIB, facto que a colocou inaceitavelmente fora deste processo».
Num comunicado, para o qual a lista unitária contribuiu e cujo conteúdo saudou, a CT relata que teve uma reunião, a 30 de Dezembro, com Nuno Amado, presidente executivo do Millennium BCP, que «transmitiu-nos não haver ainda acordo do banco com os sindicatos da Febase e da FSIB quanto às reduções salariais». A CT «apenas soube do dito acordo no dia 31 Dezembro, pelo portal do banco, como qualquer trabalhador».
Da Febase/UGT, a CT exige «o cumprimento da sua própria promessa, de consulta aos trabalhadores do banco seus associados, relativamente ao memorando de entendimento» que assinou com a comissão executiva.