Trabalhadores da Parvalorem

Direitos são para defender

Ao Go­verno com­pete agir em de­fesa dos in­te­resses e di­reitos dos tra­ba­lha­dores da Par­va­lorem e não fazer como num pas­sado re­cente em que ao mesmo tempo que os des­pre­zava tratou de «cuidar muito bem dos in­te­resses dos novos donos do BPN».

Esta foi a po­sição as­su­mida pelo de­pu­tado co­mu­nista Paulo Sá no pas­sado dia 27 de Março em de­bate sus­ci­tado por uma pe­tição com mais de cinco mil as­si­na­turas di­na­mi­zada pela co­missão de tra­ba­lha­dores da Par­va­lorem onde se so­li­cita uma res­posta que per­mita um en­qua­dra­mento pro­fis­si­onal digno para os tra­ba­lha­dores da­quela em­presa.

So­lu­ções que na pers­pec­tiva do PCP podem ser con­si­de­radas de «forma iso­lada ou con­ju­gada», in­cluindo a in­te­gração dos tra­ba­lha­dores nou­tras em­presas e ins­ti­tui­ções pú­blicas (como a Caixa Geral de De­pó­sitos) ou, noutro plano, pela anu­lação do con­curso in­ter­na­ci­onal para a re­cu­pe­ração de cré­ditos da Par­va­lorem.

Num olhar re­tros­pec­tivo quanto à origem dos ac­tuais pro­blemas com os quais se de­batem aqueles tra­ba­lha­dores, Paulo Sá lem­brou que os mesmos re­montam quer à de­cisão de na­ci­o­na­li­zação to­mada em 2008 pelo go­verno do PS quer à pos­te­rior pri­va­ti­zação do BPN.

De­ci­sões, uma e outra, que ti­veram a firme opo­sição do PCP. No pri­meiro caso, re­cordou, foi mesmo o único par­tido a votar contra em todas as vo­ta­ções, pro­pondo, em al­ter­na­tiva, a na­ci­o­na­li­zação do Grupo da So­ci­e­dade Lusa de Ne­gó­cios, onde se in­cluía o BPN, por ser no Grupo que es­tavam os ac­tivos que «po­de­riam e de­ve­riam servir para evitar que a pe­sada fac­tura do BPN re­caísse sobre os por­tu­gueses».

Aquando da venda a preço de saldo – 40 mi­lhões de euros de­pois de o Es­tado ter gasto 600 mi­lhões na sua re­ca­pi­ta­li­zação –, outra foi também a so­lução de­fen­dida pelo PCP, a qual, em sín­tese, pas­sava pela cri­ação de um novo banco pú­blico, de «pe­quena di­mensão e ac­ti­vi­dade es­pe­cí­fica», vo­ca­ci­o­nado para as PME.

Esta era a pro­posta que «me­lhor de­fendia o in­te­resse pú­blico e também a que de­fendia os postos de tra­balho dos tra­ba­lha­dores do BPN», na pers­pec­tiva do PCP, que viu uma vez mais a vida dar-lhe razão, tal como acon­teceu mais re­cen­te­mente quando con­testou a de­cisão do Go­verno de avançar com um con­curso para en­tregar a en­ti­dades ex­ternas a gestão da car­teira de cré­ditos da Par­va­lorem, im­pli­cando o des­pe­di­mento de cerca de duas cen­tenas de tra­ba­lha­dores.

 



Mais artigos de: Assembleia da República

Enorme sementeira de pobres

Com este Go­verno, em dois anos, o nú­mero de po­bres au­mentou 515 mil, de acordo com o INE. Para Je­ró­nimo de Sousa este é o maior des­men­tido a Passos Co­elho quando este diz que os ricos têm sido «mais pe­na­li­zados» e os po­bres «mais pro­te­gidos».

Não ao roubo dos baldios

A mai­oria PSD/​CDS-PP aprovou sexta-feira, 4, na ge­ne­ra­li­dade, com os votos contra das opo­si­ções, a pro­posta de lei que al­tera a Lei dos Bal­dios.

Proposta do PCP em plenário dia 16

O tema da renegociação da dívida regressa ao Parlamento na próxima quarta-feira, 16, em debate potestativo requerido pelo PCP. Em análise estará um projecto de resolução com uma nova proposta visando essa renegociação, enriquecido quer por propostas...

Mitigar perdas

Encontra-se em comissão, para onde baixou sem votação por um período de 45 dias, a pedido dos seus autores, os projectos de resolução do PCP e do BE que introduzem alterações ao Fundo de Compensação Salarial dos pescadores....

Violação sexual

O Parlamento aprovou recentemente um diploma que dispensa de queixa a violação, transformando-a em crime público, assumindo que a ausência de consentimento da relação sexual é um acto de violência. Este projecto de lei que «altera a previsão legal dos...