Competitividade da economia real

Europa desindustrializa-se

Entre 2007 e 2012 acentuou-se a perda de postos de trabalho na indústria em todos os 28 estados membros com excepção da Alemanha.

Segundo o relatório anual da Comissão Europeia sobre competitividade industrial, publicado dia 11, a Espanha foi o país que destruiu mais emprego no sector manufactureiro, com 715 mil empregos a menos, seguida da Itália (menos 525 mil), da França (menos 375 mil) e do Reino Unido (menos 325 mil).

A Alemanha foi o único país que aumentou o número de postos de trabalho no sector em cerca de 50 mil.

O relatório elege as administrações públicas da Finlândia, Dinamarca, Suécia, Luxemburgo, Bélgica e Holanda como as mais eficazes da União Europeia.

Entre os factores considerados para a elaboração desta lista, destaca-se a isenção administrativa, a qualidade dos serviços que oferece aos cidadãos, a solvência e o nível de corrupção e independência judicial.

O estudo considera que «o aumento da eficiência pública induz um crescimento mais rápido das empresas».

A Comissão estabelece uma ligação entre inovação e produtividade, colocando a Suécia, Dinamarca e Finlândia como os países com melhor desempenho em ambos os indicadores.

Sobre Portugal, que perdeu mais de 100 mil postos de trabalho na indústria transformadora entre 2007 e 2012, o estudo nota que, em matéria de inovação, o País continua abaixo da média da UE, assinalando um «fosso significativo entre a criação de conhecimento, a transferência de conhecimento e a sua tradução em valor económico através da inovação».

«O acesso ao crédito continua a ser oneroso e difícil, em especial para as PME», impedindo «a criação de novas empresas de base tecnológica».

Em matéria de «competências», a CE constata a existência de «um desfasamento entre os sistemas de educação e formação e o mercado de trabalho». «O nível de escolaridade dos jovens continua a ser relativamente baixo, em comparação com a média da EU», aspecto que é agravado porque «a economia não está a absorver os jovens mais qualificados e o desemprego entre os diplomados do Ensino Superior aumentou nos últimos anos».



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