As «Edi­ções Avante!» e a «Pá­gina a Pá­gina – Di­vul­gação do Livro» têm novas ins­ta­la­ções, no Campo Grande, em Lisboa (nú­mero 220 A). No acto sim­bó­lico de inau­gu­ração da nova sede, re­a­li­zado na pas­sada se­gunda-feira, 17, par­ti­ci­param di­ri­gentes, tra­ba­lha­dores e co­la­bo­ra­dores das duas edi­toras, al­guns dos seus au­tores e também uma de­le­gação do PCP, com­posta por Ma­nuela Pinto Ângelo e José Ca­pucho, do Se­cre­ta­riado. Es­ti­veram igual­mente pre­sentes os di­rec­tores das Edi­ções Avante!, Fran­cisco Melo, e do Avante!, Ma­nuel Ro­dri­gues.

Numa breve in­ter­venção, o ad­mi­nis­trador das edi­toras, Fer­nando Pe­reira, va­lo­rizou a qua­li­dade das novas ins­ta­la­ções, lem­brando que elas são «parte de uma pre­ciosa ofi­cina que dia após dia con­tribui para a pro­dução e di­vul­gação das ma­té­rias li­te­rá­rias mais pro­gres­sistas que são des­ti­nadas aos por­tu­gueses». Fer­nando Pe­reira va­lo­rizou ainda o sig­ni­fi­ca­tivo de­sem­penho jor­na­lís­tico e li­te­rário das duas edi­toras: nos úl­timos cinco anos, pu­bli­caram-se 260 edi­ções do Avante!, 30 de O Mi­li­tante, 20 da Vér­tice, quatro da Re­vista Poder Local e uma da re­vista O Pro­fessor. No que res­peita aos li­vros, foram edi­tados 59, de 27 au­tores, pelas «Edi­ções Avante!», e 25 obras, de 22 au­tores, pela «Pá­gina a Pá­gina».

Já Ma­nuela Pinto Ângelo re­co­nheceu o es­forço dos di­ri­gentes, tra­ba­lha­dores e co­la­bo­ra­dores das edi­toras que, com co­ragem, em­penho e de­di­cação, con­se­guiram que as edi­toras re­sis­tissem aos tempos di­fí­ceis por que passa o sector edi­to­rial e li­vreiro. Sem esse es­forço, acres­centou, «o que é di­fícil seria ainda muito mais com­plexo». A di­ri­gente do Par­tido de­dicou ainda umas pa­la­vras de apreço a «todos os es­cri­tores que con­fiam nestas edi­toras para dar ex­pressão pú­blica à sua pro­dução li­te­rária». Também sem eles, as edi­toras não se­riam o que são.

Ma­nuela Pinto Ângelo teve ainda opor­tu­ni­dade de va­lo­rizar a ac­ti­vi­dade das «Edi­ções Avante!» e da «Pá­gina a Pá­gina», im­por­tantes meios de in­ter­venção «face às ne­ces­si­dades cres­centes da luta po­lí­tica e ide­o­ló­gica». Os clás­sicos do mar­xismo-le­ni­nismo e as «Obras Es­co­lhidas de Álvaro Cu­nhal» cons­ti­tuem, a par de muitas ou­tras edi­ções, «con­tri­bui­ções im­por­tantes para a ele­vação da cons­ci­ência so­cial, po­lí­tica e ide­o­ló­gica e para a pro­dução cul­tural pro­gres­sista», acres­centou.

In­ter­veio ainda José Ba­rata-Moura, que con­fessou o seu en­tu­si­asmo pelas boas con­di­ções de tra­balho pro­por­ci­o­nadas pelas novas ins­ta­la­ções e pelo que podem con­tri­buir para o de­sen­vol­vi­mento do pro­jecto das edi­toras, cujo pres­tígio ex­tra­vasa fron­teiras. Após a vi­sita ao novo es­paço, teve lugar um «mos­catel de honra», que pos­si­bi­litou o con­vívio entre di­ri­gentes, tra­ba­lha­dores, co­la­bo­ra­dores, au­tores e ou­tros con­vi­dados.