Por salários a tempo e horas

Os trabalhadores de limpeza da Vadeca, no Museu do Oriente e no Centro Hospitalar Médio Tejo, da Conforlimpa, na Biblioteca Municipal da Amadora, e da Fermentopão, tiveram que endurecer a luta, para exigirem das empresas um direito que até é protegido pela lei: receber os salários completos até ao último dia útil de cada mês.

Ao convocar a greve de 5 de Dezembro, para os trabalhadores da limpeza da Vadeca, no Museu do Oriente, o sindicato do sector (STAD/CGTP-IN) acusou a empresa de, em Outubro, não ter pago os salários por completo até ao fim do mês. «A exemplo do que está a fazer em muitos locais de trabalho», a Vadeca não pagou ou pagou só metade. E isto, acusa o sindicato, constitui uma discriminação. Também estava por pagar o subsídio de férias a alguns trabalhadores, referia o sindicato, num comunicado que publicou no final de Novembro e no qual observava que a Vadeca declarou, em «várias reuniões» com o STAD, que a situação seria temporária, mas «a verdade é que ela não se resolve, continua mês após mês».
No Centro Hospitalar Médio Tejo (hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas), a luta foi convocada para 1 de Dezembro: greve de 24 horas e concentração em Torres Novas. Um mês antes, a 3 de Novembro, tinham feito greve os trabalhadores da Vadeca no hospital de Abrantes.

Após meses sucessivos sem receberem os salários a tempo e horas, os trabalhadores da Conforlimpa na Biblioteca Municipal da Amadora foram chamados a fazer greve nos dias 2 e 3 de Dezembro.

Foi também em meados de Novembro que a direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos publicou uma saudação aos trabalhadores da Fermentopão, pela greve que tinham realizado a 31 de Outubro. O Sintab/CGTP-IN exigiu que a empresa, com sede em Beja, deixasse de persistir no pagamento irregular dos salários.

 



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