Médico, resistente antifascista, militante comunista

Faleceu António Galhordas

Faleceu aos 83 anos António Galhordas, médico e «destacada figura da luta pela liberdade e pela democracia», como realça o Sector da Saúde da Organização Regional de Lisboa, da qual era membro, em nota emitida no dia 14. No mesmo documento, o Partido realça o «profissional de méritos reconhecidos», o «homem de grande coragem e determinação» e uma vida pautada, toda ela, pela «dignidade e coerência na luta por uma sociedade mais justa».

Sublinhando alguns dos mais relevantes aspectos da sua biografia, o PCP lembra que António Galhordas integrou em 1953, na Faculdade de Medicina de Lisboa, a lista progressista vencedora para a Direcção da Associação de Estudantes, o que levou ao encerramento da sua sede pela PIDE. Tendo estabelecido contacto com o PCP em 1957 desempenhou, nesse período, um papel destacado na luta do movimento que levou à feitura do Relatório sobre as Carreiras Médicas. Desde aí, e até ao 25 de Abril de 1974, fez parte dos órgãos dirigentes da Ordem dos Médicos, encerrada pela PIDE/DGS em 1973, tendo sido reaberta já em plena liberdade a 30 de Abril de 1974.

António Galhordas, refere ainda o PCP, foi uma «destacada figura do movimento da oposição democrática à ditadura fascista» e foi nesse quadro que desempenhou uma «corajosa e qualificada intervenção na luta pela liberdade e a democracia», tendo sido um dos mais importantes activistas da CDE e, mais tarde, do MDP-CDE. Após o 25 de Abril, integrou o primeiro governo provisório, como secretário de Estado da Saúde.

António Galhordas foi ainda membro da Comissão Política do MDP e deputado na Assembleia da República, eleito na Assembleia Municipal de Portel, onde exerceu a presidência deste órgão em sucessivos mandatos, e dirigente da Voz do Operário. Integrou e acompanhou a acção política da Associação Intervenção Democrática, tendo participado activamente no quadro das coligações eleitorais FEPU, APU e CDU. Em 2001, aderiu ao PCP, estando actualmente organizado no Sector da Saúde da Organização Regional de Lisboa.

O Secretariado do Comité Central do PCP enviou uma mensagem de condolências e solidariedade à família de António Galhordas na qual manifesta o seu «profundo pesar» pelo seu falecimento e recorda o «médico destacado que lutou pela dignificação da sua profissão e pelo acesso a um serviço público de saúde a toda a população», o «democrata consequente e combatente antifascista, construtor de Abril».




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