Solidariedade com migrantes

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A CGTP-IN as­so­ciou-se a uma jor­nada in­ter­na­ci­onal de so­li­da­ri­e­dade com os mi­grantes no Me­di­ter­râneo e, na con­cen­tração que pro­moveu em Lisboa no dia 19, exigiu que «a tra­gédia pare, agora». Para a cen­tral sin­dical, a es­can­da­losa si­tu­ação de mor­tan­dade no Mar Me­di­ter­râneo «não é uma ine­vi­ta­bi­li­dade» e o facto de mi­lhares de seres hu­manos ali per­derem a vida quando tentam en­con­trar na Eu­ropa as con­di­ções de vida que vêem ne­gadas nos países de origem «tem causas e res­pon­sá­veis».

Nas suas in­ter­ven­ções, Carlos Trin­dade, res­pon­sável de Mi­gra­ções da Co­missão Exe­cu­tiva, Li­bério Do­min­gues, da Co­missão Exe­cu­tiva e co­or­de­nador da União dos Sin­di­catos de Lisboa, e Ar­ménio Carlos, se­cre­tário-geral da Inter, su­bli­nharam que os mo­vi­mentos mas­sivos das po­pu­la­ções que tentam es­capar à po­breza, à in­se­gu­rança, à de­vas­tação da guerra re­sultam do «im­pe­ri­a­lismo e do mi­li­ta­rismo ex­plo­rador dos tra­ba­lha­dores, dos povos e dos re­cursos na­tu­rais», das guerras de agressão, das ocu­pa­ções de países e in­ge­rên­cias ex­ternas.

Neste con­texto, urge pôr um travão às mortes e às si­tu­a­ções que as mo­tivam, e a res­posta não está em «avançar com barcos de guerra para con­trolar a imi­gração», mas antes «no in­ves­ti­mento na paz e no de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico» nos países de onde essas po­pu­la­ções são ori­gi­ná­rias, «cri­ando em­pregos, fi­xando as pes­soas, dando-lhes dig­ni­dade», de­fendeu Ar­ménio Carlos. A ini­ci­a­tiva contou com apoio de or­ga­ni­za­ções como o Mo­vi­mento De­mo­crá­tico de Mu­lheres, o Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração e o Mo­vi­mento Er­ra­dicar a Po­breza.




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