Metade dos trabalhadores de quatro unidades hoteleiras dos Empreendimentos Turísticos Montebelo entrou ontem em greve, reivindicando a reposição de direitos retirados com a decisão patronal de substituir a convenção colectiva que sempre vigorou no grupo.
Ao apontar para uma adesão de 50 por cento à greve de 24 horas, um dirigente do Sindicato da Indústria de Hotelaria e Turismo do Centro, da Fesaht/CGTP-IN, admitiu à agência Lusa que este não era o nível desejado, mas «os trabalhadores vão manter-se firmes até que a administração do grupo se mostre disponível para chegarmos a um entendimento». Afonso Figueiredo explicou que os trabalhadores do Montebelo Viseu Hotel & Spa, do Hotel Príncipe Perfeito, do Hotel Palácio dos Melos e do Parador Casa da Ínsua Hotel decidiram convocar a greve e uma concentração, na manhã de ontem, à entrada do Montebelo Viseu porque «a administração mostrou-se indisponível para chegar a um entendimento».
Lembrou que os trabalhadores perderam a progressão na carreira, têm o salário congelado desde 2010, deixaram de ter direito a três dias de majoração das férias, ficaram sem subsídio de alimentação nas férias, entre outros prejuízos. Observou ainda que «os trabalhadores das unidades hoteleiras que abriram mais recentemente não sentem ainda esta situação, porque já não foram abrangidos pela anterior convenção colectiva de trabalho».