Unicer desmentida

Causou «larga es­tu­pe­facção» na em­presa e, em par­ti­cular, na fá­brica de San­tarém, ame­a­çada de en­cer­ra­mento, a de­cla­ração do di­rector-geral da Font Salem a es­cla­recer que «não há qual­quer acordo no que toca à in­cor­po­ração de ac­tuais tra­ba­lha­dores da Unicer» na­quela em­presa vi­zinha e con­cor­rente, dona da uni­dade onde co­me­çaram por ser pro­du­zidas as cer­vejas Cintra.

Numa nota de im­prensa, di­vul­gada no dia se­guinte a ter saído na edição do Pú­blico de 27 de De­zembro uma no­tícia in­ti­tu­lada «Fá­brica da Font Salem am­plia pro­dução e vira-se para re­fri­ge­rantes», a Co­missão de Tra­ba­lha­dores da Unicer con­si­derou que ficou assim des­mon­tado «o so­fisma sus­ten­tado pela di­recção de co­mu­ni­cação da Unicer». A CT re­corda que os porta-vozes pa­tro­nais, ao pro­nun­ci­arem-se sobre o «re­a­jus­ta­mento da es­tru­tura» – en­cer­ra­mento da fá­brica de San­tarém e li­qui­dação, no total, de quase cen­tena e meia de postos de tra­balho –, jus­ti­fi­caram a de­cisão com que­bras na ex­por­tação de cer­veja para o mer­cado an­go­lano e fa­laram numa «al­mo­fada» que per­mi­tiria co­locar 25 tra­ba­lha­dores na Font Salem.

Como foi de­nun­ciado na luta contra estas me­didas, a Unicer de­cidiu fe­char uma uni­dade que produz re­fri­ge­rantes, con­tra­tando o for­ne­ci­mento a uma con­cor­rente, que não se res­pon­sa­bi­liza por ab­sorver quais­quer dos ame­a­çados de des­pe­di­mento.

Também uma no­ti­fi­cação da Au­to­ri­dade para as Con­di­ções do Tra­balho veio con­firmar as de­nún­cias dos re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores, du­rante a greve de 16 de De­zembro: houve pres­sões pa­tro­nais para que fossem aceites pro­postas de res­cisão.

 



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