Organizações do PCP intensificam intervenção

Em defesa da Saúde pública

Os comunistas não poupam esforços na luta pela manutenção de unidades de saúde na esfera pública, com as valências e os profissionais adequados às necessidades das populações, e, nesse sentido, levam à prática uma intensa acção reivindicativa e propositiva.

O SNS defende-se em cada local

Exemplo disso mesmo é o caso do Hospital Distrital de São João da Madeira, o qual, em resultado de um projecto de resolução apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP e aprovado na Assembleia da República, não só se mantém sob gestão pública como foi ainda contemplado com a contratação de um número de profissionais correspondente às necessidades permanentes de funcionamento. A iniciativa legislativa do Partido garantiu, igualmente, a conservação de uma administração própria naquela unidade e a reposição das valências desactivadas e integradas no Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga.

Contudo, e decorrente da legislação em vigor, o Hospital de São João da Madeira não permanecerá sob a gestão pública se prosseguir o rumo decrescente de actividade, alerta a concelhia de São João da Madeira do PCP, que ciente disso solicitou uma reunião à administração, na qual constatou um significativo aumento, em 2016, nas consultas não programadas e no «Hospital de Dia, na especialidade de Psiquiatria», ao mesmo tempo que noutras áreas é preocupante a redução da prestação de cuidados.

Já no Hospital de Lamego, a concelhia local do Partido atribui às medidas tomadas no início do mês de Junho pela administração – encerramento de oito camas no internamento e dispensa de um enfermeiro na Urgência – o agravamento da situação naquela unidade de saúde, verificando-se, «sem qualquer razão de natureza clínica ou funcional», a «sistemática ocorrência de doentes atafulhados a necessitar de internamento» mas «condenados a uma espera incerta nos corredores». Ao mesmo tempo, a organização do Partido exortava os órgãos autárquicos a advertirem o Ministério da Saúde para o facto de o SNS não poder estar sujeito a uma «economia mercenária».

Qualidade e proximidade 

Na Região Autónoma da Madeira, ainda o novo hospital do Funchal não foi construído e já a organização regional do PCP chama a atenção que a sua construção «reveste-se de demasiada importância para que possa ser objecto de mesquinhez e de lutas com meros objectivos egoístas de afirmação partidária», no caso, entre a autarquia e o executivo regional. Os comunistas madeirenses consideram, por isso, que a construção do novo Hospital, em prol das populações, da cidade do Funchal e de toda a Região, exige e obriga à convergência institucional.

O Secretariado da Direcção da Organização Regional de Portalegre do PCP manifesta-se preocupado com a previsível cessação do contrato de trabalho de três enfermeiros que prestavam serviço na Unidade Local de Saúde do Norte-Alentejano (ULSNA). Para a DOR Portalegre, é estranho que existindo uma grave carência de recursos humanos – que chega a ser dramática em algumas categorias profissionais e especialidades clínicas – se dispensem enfermeiros. «Maior estranheza nos causa considerando que era essa a maior preocupação apresentada pela administração da ULSNA na reunião com a delegação do PCP no passado dia 30 Maio», pelo que, «neste quadro, seria sempre de tomar as devidas medidas para acautelar os postos de trabalho existentes, e nunca para os extinguir».

De qualidade dos serviços de proximidade também se trata na Trafaria, cuja extensão do Centro de Saúde foi encerrada em 2014 obrigando os utentes a deslocarem-se à Costa da Caparica, com os custos acrescidos que tal comporta. A situação configura uma penalização da população da Trafaria, afirma a Organização Regional de Setúbal do PCP, que em comunicado lembra que o fecho da unidade de saúde foi justificado com a necessidade de proceder à sua requalificação.

Infelizmente, os receios da população de que a extensão não voltaria a abrir tinham razão de ser, realça a DORS, que informa, ainda, que em pergunta recente dirigida ao Governo, os deputados do PCP Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias questionaram quando é que este pretende reabrir aquela estrutura.



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