Reforçar a unidade e a luta para recuperar o sector ferroviário

A reu­nião na­ci­onal de qua­dros fer­ro­viá­rios do PCP, re­a­li­zada no dia 27 no En­tron­ca­mento, reuniu quatro de­zenas de co­mu­nistas de todas as re­giões que dis­cu­tiram a si­tu­ação no sector e o pro­cesso de des­truição, pul­ve­ri­zação e pri­va­ti­zação que tem so­frido, e va­lo­ri­zaram a luta dos fer­ro­viá­rios, que tantas ofen­sivas tem der­ro­tado. O de­bate cen­trou-se ainda na aná­lise às pro­postas do PCP, no quadro de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, e na cen­tra­li­dade que as­sume o re­forço das cé­lulas do PCP como ele­mento es­tru­tu­rante para o re­forço da re­sis­tência e luta dos tra­ba­lha­dores pela de­fesa, re­cu­pe­ração e va­lo­ri­zação de um forte sector fer­ro­viário pú­blico.

No do­cu­mento de apoio à reu­nião tra­çava-se o pa­no­rama do sector desde o 25 de Abril até hoje, ou seja, desde a na­ci­o­na­li­zação em 16 de Abril de 1975 e o que ela re­pre­sentou de va­lo­ri­zação da fer­rovia, dos seus tra­ba­lha­dores, infra-es­tru­turas e ma­te­rial cir­cu­lante, até à ac­tual si­tu­ação de pri­va­ti­zação, des­man­te­la­mento e pre­ca­ri­zação – ini­ciada com o pri­meiro go­verno cons­ti­tu­ci­onal, li­de­rado por Mário So­ares. De então para cá foram des­truídos mais de 19 mil postos de tra­balho e 1500 qui­ló­me­tros de ca­minho-de-ferro, com o en­cer­ra­mento de li­nhas e ra­mais.

Entre as me­didas de­fen­didas pelos co­mu­nistas, su­bli­nhadas na in­ter­venção de en­cer­ra­mento da reu­nião, pro­fe­rida por Rui Braga, do Se­cre­ta­riado, conta-se a re­cons­trução de uma em­presa única, na­ci­onal e pú­blica, para todo o sector fer­ro­viário, o que im­plica a re­versão das graves me­didas de des­man­te­la­mento da CP que foram to­madas ao longo dos anos. No que res­peita aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores, fra­gi­li­zados por múl­ti­plas me­didas de pre­ca­ri­zação das re­la­ções de tra­balho e sub­con­tra­tação – com ele­vadas res­pon­sa­bi­li­dades para todos quantos con­tri­buíram para a di­visão sin­dical –, os co­mu­nistas apontam à uni­dade dos tra­ba­lha­dores para, re­for­çando a luta, re­for­çarem igual­mente a ne­ces­sária acu­mu­lação de forças da qual sur­girão as vi­tó­rias.

No in­ter­valo, re­a­lizou-se um al­moço con­vívio.




Mais artigos de: PCP

Cultura, desporto e convívio integram o projecto do PCP

CONVÍVIO Em Al­mada e no dis­trito do Porto, o PCP pro­moveu ini­ci­a­tivas cul­tu­rais, des­por­tivas e de con­vívio, onde para além de se pro­mover a con­fra­ter­ni­zação entre co­mu­nistas e amigos se afirmou o pro­jecto do Par­tido.

Faleceu Miguel Urbano Rodrigues

Faleceu no sábado, aos 91 anos, Miguel Urbano Rodrigues, «reconhecido jornalista e escritor com percurso de intervenção política em Portugal e no estrangeiro, antes e depois do 25 de Abril, ao longo de muitas décadas», militante do PCP desde 1964,...