PCP na primeira linha em defesa dos serviços públicos

O PCP acom­pa­nhou a con­cen­tração de utentes da saúde, re­a­li­zada no pas­sado dia 19, contra o en­cer­ra­mento da Uni­dade de Cui­dados de Saúde Per­so­na­li­zados e dos Ser­viços de Aten­di­mento a Si­tu­a­ções de Ur­gência (SASU) de So­ares dos Reis, que serve a mai­oria dos ha­bi­tantes de Ma­fa­mude, Vilar do Pa­raíso e Santa Ma­rinha.

Em co­mu­ni­cado emi­tido no início da se­mana pas­sada e di­vul­gado à po­pu­lação e aos pre­sentes no pro­testo, a Co­missão Con­ce­lhia de Vila Nova de Gaia nota que a con­cen­tração dos cui­dados de saúde em Vilar de An­do­rinho, con­cre­ti­zada no úl­timo mês, pro­voca graves cons­tran­gi­mentos. Ao nível da mo­bi­li­dade dos utentes, no­me­a­da­mente, con­si­de­rando as in­su­fi­ci­ente li­ga­ções por trans­portes pú­blicos, so­bre­tudo à noite.

Mo­tivo de pre­o­cu­pação são igual­mente o pre­vi­sível agra­va­mento da ca­rência de mé­dicos de fa­mília e o com­pro­me­ti­mento do so­corro de emer­gência, uma vez que não re­sulta claro que o SASU no novo centro de saúde tenha ca­pa­ci­dade para dar res­posta a todos os gai­enses.

«Os utentes têm razão para se sentir re­vol­tados e in­dig­nados com este en­cer­ra­mento [da res­pon­sa­bi­li­dade do Go­verno] e com a falta de res­peito por parte dos res­pon­sá­veis da au­tar­quia, que não os en­volveu nem in­formou», diz-se no fo­lheto dis­tri­buído pela or­ga­ni­zação co­mu­nista, que pre­cisa que «as pes­soas só ficam a saber do en­cer­ra­mento quando pro­curam os ser­viços», o que con­tinua a su­ceder.

Na quinta-feira, 18, e con­forme ga­ran­tido no texto do PCP, os de­pu­tados do Par­tido na As­sem­bleia da Re­pú­blica eleitos pelo cír­culo do Porto ques­ti­o­naram o Mi­nis­tério da Saúde sobre a si­tu­ação, e su­bli­nharam que ela «é agra­vada com o en­cer­ra­mento do SASU dos Car­va­lhos, que servia a Fre­guesia de Pe­droso e Grijó, Ser­monde, Pe­ro­sinho, Ser­zedo, Sei­xe­zelo, Lever, Cres­tuma, Olival e Sandim».

«Para o PCP, a de­fesa do di­e­rito à Saúde e o acesso aos cui­dados de saúde pri­má­rios é in­se­pa­rável de um SNS que preste cui­dados de qua­li­dade e de pro­xi­mi­dade», su­bli­nham ainda os eleitos do PCP, que pre­tendem que a tu­tela es­cla­reça os mo­tivos que pre­si­diram ao en­cer­ra­mento da UCSP e SASU de So­ares dos Reis e do SASU dos Car­va­lhos, que ava­li­ação faz o Go­verno dos en­cer­ra­mentos e que me­didas pre­tende tomar para ga­rantir cui­dados de saúde pri­má­rios de pro­xi­mi­dade a todos os utentes de Vila Nova de Gaia.

Alerta em Vila Verde

Na pri­meira linha da luta em de­fesa dos ser­viços pú­blicos e fun­ções so­ciais estão, também, os co­mu­nistas de Vila Verde, dis­trito de Braga. Em co­mu­ni­cado di­vul­gado an­te­ontem, a Co­missão Con­ce­lhia de­nuncia a in­tenção de en­cer­ra­mento dos CTT de Vila de Prado.

No texto dis­tri­buído du­rante uma acção de con­tacto com a po­pu­lação, ad­verte-se que o fecho es­tava «a ser pre­pa­rado pela “ca­lada da noite”. Não fosse a de­núncia le­vada a cabo pelo PCP e ne­nhum dos utentes, nem se­quer os tra­ba­lha­dores da­quela Es­tação, te­riam co­nhe­ci­mento desta gra­vosa de­cisão».

A or­ga­ni­zação par­ti­dária «apela à luta dos utentes» pela ma­nu­tenção em fun­ci­o­na­mento da es­tação dos cor­reios em Vila de Prado e contra quais­quer me­didas que visem a sua trans­fe­rência para outro edi­fício ou para a res­pon­sa­bi­li­dade das au­tar­quias. Isto porque, re­fere o co­mu­ni­cado, «passar a es­tação para a res­pon­sa­bi­li­dade da Câ­mara Mu­ni­cipal ou da Junta de Fre­guesia não de­fende os di­reitos dos utentes, nem os in­te­resses da re­gião».

O ca­minho ne­ces­sário para in­verter a de­gra­dação do ser­viço pres­tado pelos CTT passa por «exigir a re­po­sição dos CTT no sector pú­blico do Es­tado», pelo que urge não só lutar contra o en­cer­ra­mento, mas também «de­nun­ciar as con­sequên­cias ne­ga­tivas da pri­va­ti­zação» do ser­viço postal, con­clui-se.




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