A em­presa que, em Agosto, ga­nhou o con­curso pú­blico de pres­tação de ser­viços de lim­peza de al­guns de­par­ta­mentos da Fa­cul­dade de Ci­ên­cias e Tec­no­logia da Uni­ver­si­dade de Coimbra des­res­peita fron­tal­mente os di­reitos dos tra­ba­lha­dores. A de­núncia é do Sector de Em­presas da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de Coimbra do PCP, que após con­tacto com os tra­ba­lha­dores re­latou si­tu­a­ções como o não pa­ga­mento atem­pado e o não pa­ga­mento de horas de tra­balho efec­tuado, a su­pressão de postos de tra­balho, a au­sência de mapas de es­calas e de fé­rias, a não en­trega de re­cibos de ven­ci­mento ou a falta de ma­te­rial a um ponto de im­pede o pró­prio de­sem­penho das fun­ções.

«Como é que uma ins­ti­tuição pú­blica e o Go­verno as­sistem im­pá­vidos e se­renos a tudo isto?», ques­tiona a or­ga­ni­zação par­ti­dária, para quem «esta pre­ca­ri­e­dade e os abusos pa­tro­nais só são pos­sí­veis porque os su­ces­sivos go­vernos da po­lí­tica de di­reita têm re­ti­rado di­reitos aos tra­ba­lha­dores, de­sar­ti­cu­lado ser­viços pú­blicos e criado um clima de im­pu­ni­dade e des­res­pon­sa­bi­li­zação do pa­tro­nato». Uma e ou­tros só se mantêm, acres­centa-se, porque o «ac­tual Go­verno mi­no­ri­tário do PS tem vo­tado contra, ao lado de PSD e CDS, as pro­postas do PCP de al­te­ração das leis la­bo­rais [em vigor]».