Um Partido mais forte e preparado para os combates que se avizinham

LEIRIA Num jantar re­a­li­zado na sexta-feira, 26, em Al­co­baça, Je­ró­nimo de Sousa re­a­firmou que Por­tugal «pre­cisa de vencer a ba­talha da so­be­rania» e dotar-se dos meios e ins­tru­mentos para «vencer o atraso».

«Que nin­guém fique de fora do com­bate pelo re­forço do Par­tido»

In­se­rida na cam­panha «Va­lo­rizar os Tra­ba­lha­dores. Mais Força ao PCP», a ini­ci­a­tiva contou com a pre­sença de 400 pes­soas, entre mi­li­tantes co­mu­nistas e ou­tros que, não o sendo, qui­seram de­mons­trar, com a sua par­ti­ci­pação, o apoio às pro­postas e in­ter­venção do Par­tido. As pri­meiras pa­la­vras do Se­cre­tário-geral di­ri­giram-se às po­pu­la­ções afec­tadas pela tem­pes­tade de 13 de Ou­tubro, a quem ma­ni­festou so­li­da­ri­e­dade.

Mas fez mais do que isso, ao re­alçar que o PCP não dei­xará de in­tervir no sen­tido de lhes ga­rantir o «ne­ces­sário apoio» à re­po­sição dos bens des­truídos e do po­ten­cial pro­du­tivo per­dido. Se­gundo Je­ró­nimo de Sousa, as di­fi­cul­dades ve­ri­fi­cadas na re­po­sição do abas­te­ci­mento de energia e co­mu­ni­ca­ções põem em evi­dência «fra­gi­li­dades que são o re­sul­tado, em grande me­dida, da perda de ca­pa­ci­dade ope­ra­ci­onal de em­presas que foram pri­va­ti­zadas, como a EDP e a PT». A ne­ces­si­dade de re­cu­perar o con­trolo pú­blico destas e de ou­tras em­presas es­tra­té­gicas fica, assim, ainda mais evi­dente.

O di­ri­gente do Par­tido falou ainda sobre a pro­posta de Or­ça­mento do Es­tado, dos seus avanços e li­mi­ta­ções, da opção do PS pelos in­te­resses do grande ca­pital e sub­missão à União Eu­ro­peia e da pro­posta do PCP de po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda. Esta, ga­rantiu, é de­ter­mi­nante para o País vencer a «ba­talha pela so­be­rania» e dotar-se dos meios e ins­tru­mentos de que pre­cisa para «vencer o atraso».

Je­ró­nimo de Sousa co­locou um ên­fase par­ti­cular na ne­ces­si­dade de pre­parar o Par­tido para as «ba­ta­lhas que aí estão». Para tal, há que fazer um «es­forço su­ple­mentar para ter uma or­ga­ni­zação mais re­for­çada em nú­mero de mi­li­tantes e em mi­li­tância ac­tiva, mais pre­sente nas em­presas e lo­cais de tra­balho e na vida local, mais re­for­çada em qua­dros». A en­trega do novo cartão e a acção de con­tacto com cinco mil tra­ba­lha­dores são as­pectos cen­trais deste es­forço: «que nin­guém fique de fora deste com­bate pelo for­ta­le­ci­mento do Par­tido», apelou.

Va­lo­rizar e apoiar a luta

Antes de Je­ró­nimo de Sousa in­ter­veio José Luís de Sousa, que, em nome da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Leiria do PCP, va­lo­rizou a luta dos tra­ba­lha­dores do dis­trito por sa­lá­rios e di­reitos. Des­tacou, em par­ti­cular, as tra­vadas na Sumol + Compal, Câ­mara Mu­ni­cipal de Leiria, Hos­pital Santo André, Ro­do­viária do Oeste e do Liz, Ma­pi­centro, Ce­râ­mica do Liz, Ramos e Costa ou Sar­dinal, bem como a dos pes­ca­dores e agri­cul­tores.

Re­la­ti­va­mente ao re­forço do Par­tido, José Luís de Sousa lem­brou as con­clu­sões da 10.ª As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal, re­a­li­zada em Abril, e apelou ao en­vol­vi­mento de mais qua­dros e mi­li­tantes co­mu­nistas nas ta­refas re­la­ci­o­nadas com esta que é a pri­o­ri­dade das pri­o­ri­dades do tra­balho par­ti­dário. A or­ga­ni­zação, lem­brou, «não é um fim em si mesmo, é antes o ins­tru­mento fun­da­mental para que este Par­tido se ligue cada vez mais às massas e es­teja na linha da frente da re­so­lução dos pro­blemas do povo e do País».

A pri­meira in­ter­venção da noite foi de Joana Botas, que se re­feriu à in­ter­venção da JCP e às lutas que os es­tu­dantes e a ju­ven­tude tra­ba­lha­dora têm de­sen­vol­vido no dis­trito.

 



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