PCP exige medidas céleres para minimizar estragos do Lorenzo

FURACÃO Os es­tragos pro­vo­cados à pas­sagem do fu­racão Lo­renzo pela Re­gião Au­tó­noma dos Açores exigem a adopção de me­didas cé­leres cujos im­pactos não re­caiam sobre as po­pu­la­ções, de­fende o PCP.

Impõe-se uma pronta pres­tação de au­xílio

Lusa


O fu­racão Lo­renzo, que passou pelos Açores no início do mês, pro­vocou es­tragos em di­versas ilhas e obrigou ao re­a­lo­ja­mento de meia cen­tena de pes­soas e à eva­cu­ação de ou­tras tantas, por pre­venção. A Pro­tecção Civil dos Açores re­gistou 255 ocor­rên­cias, a mai­oria das quais ficou re­sol­vida no pró­prio dia. Mais com­plexa é a re­cons­trução do porto co­mer­cial das Flores, que ficou to­tal­mente des­truído.

Horas de­pois da pas­sagem do fu­racão, a Di­recção da Or­ga­ni­zação da Re­gião Au­tó­noma dos Açores do PCP emitiu um co­mu­ni­cado em que ma­ni­fes­tava «a sua pro­funda so­li­da­ri­e­dade com as fa­mí­lias aço­ri­anas de­sa­lo­jadas e com todos os aço­ri­anos que foram afec­tados» e de­fendia que, no menor prazo pos­sível, lhes fossem ga­ran­tidas «todas as con­di­ções de se­gu­rança e de con­forto».

Va­lo­ri­zando a res­posta dada por todas as en­ti­dades en­vol­vidas no so­corro às po­pu­la­ções, o Par­tido re­cla­mava ainda o apoio dos go­vernos re­gi­onal e na­ci­onal para a re­cons­trução do que ficou des­truído, com pri­o­ri­dade para o porto co­mer­cial das Flores, «fun­da­mental na ga­rantia do abas­te­ci­mento das po­pu­la­ções das Flores e do Corvo».

Mais re­cen­te­mente, no dia 15, o de­pu­tado co­mu­nista na As­sem­bleia Le­gis­la­tiva Re­gi­onal, João Paulo Cor­velo, de­sa­fiou o Go­verno Re­gi­onal a que este ga­ran­tisse a «plena re­gu­la­ri­dade de abas­te­ci­mento de bens de con­sumo à Ilha das Flores, nas con­di­ções muito es­pe­cí­ficas de grande di­fi­cul­dade em que sa­bemos se en­contra a ope­ra­ci­o­na­li­dade do porto co­mer­cial das Lajes».

Dois dias de­pois, voltou a in­tervir sobre o as­sunto, para re­clamar que a frequência dos na­vios às ilhas do grupo oci­dental seja adap­tada às ne­ces­si­dades. De­fendeu ainda que os custos acres­cidos pela si­tu­ação em que se en­contra o porto co­mer­cial não sejam di­recta ou in­di­rec­ta­mente im­pu­tados aos co­mer­ci­antes. João Paulo Cor­velo re­feria-se, par­ti­cu­lar­mente, a custos re­la­ci­o­nados com o po­si­ci­o­na­mento dos con­ten­tores nos portos da Praia da Vi­tória e da Horta e ou­tros, re­la­ci­o­nados com ele­tri­ci­dade e taxas por­tuá­rias dos con­ten­tores de frio, con­ge­lados e ou­tros nesses mesmos portos em mo­mento de es­pera.

Mo­bi­lizar apoios

Numa questão di­ri­gida à Co­missão Eu­ro­peia, a de­pu­tada co­mu­nista no Par­la­mento Eu­ropeu, Sandra Pe­reira, ques­ti­onou acerca dos pro­gramas e me­didas da UE que po­derão ser mo­bi­li­zados, e em que con­di­ções, para fazer face aos in­ves­ti­mentos ne­ces­sá­rios na re­gião após a pas­sagem do Lo­renzo. Sandra Pe­reira deu a co­nhecer a «sig­ni­fi­ca­tiva des­truição» pro­vo­cada pelo fu­racão, so­bre­tudo nos grupos oci­dental e cen­tral.

Para o PCP, «pe­rante a ca­tás­trofe» impõe-se uma «pronta pres­tação de au­xílio às pes­soas afec­tadas, par­ti­cu­lar­mente às que fi­caram de­sa­lo­jadas, a par do ne­ces­sário res­ta­be­le­ci­mento das infra-es­tru­turas da­ni­fi­cadas, o que exi­girá se­gu­ra­mente a mo­bi­li­zação de vá­rios mi­lhões de euros».




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