Constatar não chega, é preciso responder aos problemas

O PCP re­agiu no pró­prio dia 1 à men­sagem de Ano Novo do Pre­si­dente da Re­pú­blica através de uma de­cla­ração de Rui Fer­nandes, da Co­missão Po­lí­tica. Co­me­çando por sa­li­entar que a men­sagem de Mar­celo Re­belo de Sousa não se di­fe­ren­ciou de ou­tras an­te­ri­ores, o di­ri­gente do PCP des­tacou que o seu teor «sus­cita pro­blemas que co­locam em con­tra­dição o dis­curso e as op­ções e ori­en­ta­ções que vão sendo se­guidas» nas mais di­versas áreas, enu­me­rando-as.

Ora, no caso con­creto do com­bate à po­breza e à ex­clusão, Rui Fer­nandes ga­rantiu que ela não se faz com «me­didas de na­tu­reza as­sis­ten­ci­a­lista», mas sim com o au­mento geral dos sa­lá­rios, das pen­sões e das re­formas e um de­ci­sivo com­bate à pre­ca­ri­e­dade. Quanto à jus­tiça, também evi­den­ciada pelo Chefe de Es­tado, a sua cre­di­bi­li­dade só será as­se­gu­rada com «in­ves­ti­mento em meios hu­manos e ma­te­riais e com do­ta­ções or­ça­men­tais que per­mitam a con­tra­tação de as­ses­so­rias e de pe­ritos».

No que diz res­peito à va­lo­ri­zação da ju­ven­tude e das jo­vens fa­mí­lias, o PCP re­alça que ela se faz com «po­lí­ticas reais de apoio, desde logo a cri­ação da rede pú­blica de cre­ches». Já a se­gu­rança será cada vez mais efec­tiva com «do­ta­ções or­ça­men­tais que res­pondam aos pro­blemas dos pro­fis­si­o­nais das forças e ser­viços de se­gu­rança», desde logo aqueles que se ar­rastam há anos sem que a po­lí­tica se­guida (e que se prevê que con­ti­nuará a ser se­guida) lhe tenha dado res­posta.

Como fez questão de su­bli­nhar o di­ri­gente do PCP, não houve avanços nestas e nou­tras ma­té­rias, mas não fal­taram os mi­lhões para serem in­jec­tados na banca pri­vada, ao mesmo tempo que se va­lo­riza «ex­ce­dentes or­ça­men­tais para ou­tros efeitos que não o do in­ves­ti­mento». Rui Fer­nandes deixou, por fim, no novo ano, uma «men­sagem de es­pe­rança e con­fi­ança», das que «não ficam à es­pera e con­fiam na luta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês».




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