Acção reivindicativa a crescer reforça lutas convergentes

MOBILIZAÇÃO A Comissão Executiva da CGTP-IN, na sua primeira reunião após o 14.º Congresso, decidiu dirigir uma saudação aos trabalhadores em luta, por melhores condições de vida e de trabalho.

É necessária a crescente participação dos trabalhadores

«O levantamento feito das lutas em curso é a prova de que os trabalhadores estão disponíveis para defender os seus direitos e levar mais longe as suas reivindicações, dando expressão às decisões que tomámos no Congresso», afirma-se no comunicado divulgado no final da reunião do órgão executivo do Conselho Nacional da CGTP-IN, dia 3, que fez «uma avaliação da situação política e social e um ponto de situação das lutas em curso e seu desenvolvimento».
A par da «perpetuação de problemas relativos ao trabalho, que por opção do Governo do PS estão por resolver, nomeadamente na legislação laboral», a Executiva assinalou que «assistimos a um crescendo das lutas dos trabalhadores nos locais de trabalho, empresas e serviços, em tornos das suas reivindicações concretas, com a realização de plenários, concentrações e greves, dando força às lutas convergentes», tanto as que estavam em desenvolvimento, como a «semana da igualdade», como as que estão em construção: a manifestação nacional da juventude trabalhadora, a 26 Março, e «a grandiosa jornada de luta do 1.º de Maio».
Saudando «calorosamente todos os trabalhadores em luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho», reafirma-se que «só com a crescente participação e luta dos trabalhadores, organizados nos sindicatos de classe da CGTP-IN, é possível alcançar um Portugal desenvolvido e soberano».
Foi reafirmada «a necessidade absoluta» do aumento dos salários, em 90 euros, para todos os trabalhadores, e do salário mínimo nacional, para 850 euros.

Próximas
greves

Amanhã, dia 13, fazem greve os trabalhadores da Águas do Algarve, pela aplicação correcta do acordo colectivo de trabalho, pela eliminação da discriminação salarial nas mesmas funções, pela atribuição de subsídio de risco e por aumentos salariais, entre outras exigências. A decisão, como informou o SITE Sul, foi tomada face à falta de respostas da administração às reivindicações apresentadas.

Em greve amanhã vão estar também os trabalhadores do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e dos SAMS por este geridos. Numa nota de imprensa conjunta, a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos dos Enfermeiros (SEP), dos Serviços (CESP), dos Médicos (SMZS), dos Técnicos Superiores de Saúde (STSS), dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos (Sifap) e dos Fisioterapeutas (SFP) confirmaram a luta, no dia 26. A «manifesta intransigência» da direcção do SBSI culminou na comunicação de caducidade das convenções colectivas, dia 21, para reduzir os direitos dos trabalhadores.

Para dia 17, terça-feira, foi convocada greve de 24 horas na Scotturb, anunciou a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, no dia 2, depois de uma reunião em que a gerência condicionou a negociação de salários à retirada de direitos. Com a greve, os trabalhadores vão protestar contra a actualização salarial de 17 cêntimos por dia, aplicada pela gerência, e exigir 90 euros por mês (três euros por dia).

Uma greve nacional dos trabalhadores da cadeia de super e hipermercados Auchan foi convocada para dia 18, quarta-feira, pelo Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços. Num comunicado, o CESP/CGTP-IN destaca que esta é «a empresa da grande distribuição que paga o salário-base mais baixo»: 650 euros, para a categoria de operadores especializados, com mais de oito anos de serviço, enquanto o salário de entrada é de 640 euros.

Na Transportes Sul do Tejo vai haver greve a 31 de Março e 1 de Abril, prosseguindo a luta por aumentos salariais que coloquem as remunerações dos trabalhadores (hoje as mais baixas do sector na Área Metropolitana de Lisboa) ao nível das que são praticadas na Carris, objectivo que a própria administração assumiu publicamente.
Como informou a Fectrans/CGTP-IN, a greve foi decidida no dia 9, segunda-feira, num plenário que reuniu, durante todo o dia, a esmagadora maioria dos trabalhadores e no qual se verificou que aquele discurso patronal «não tem correspondência na mesa de negociação».

 



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