OR de Lisboa leva mais longe apelo à defesa de direitos

Com o Go­verno a não as­se­gurar ca­bal­mente a pro­tecção dos tra­ba­lha­dores e o grande pa­tro­nato a apro­veitar o surto epi­de­mi­o­ló­gico para au­mentar a ex­plo­ração, pro­ce­dendo à des­truição de postos de tra­balho, à vi­o­lação de di­reitos e à di­mi­nuição de ren­di­mentos, como se a le­gis­lação la­boral es­ti­vesse sus­pensa, o PCP lançou a cam­panha «nem um di­reito a menos».

Com ex­pressão mais forte nas redes so­ciais, a ini­ci­a­tiva de apelo à de­núncia dos atro­pelos aos tra­ba­lha­dores e de apelo a que estes de­fendam os seus di­reitos, mo­tivou, na Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa (ORL) do PCP, a edição de mi­lhares de au­to­co­lantes que re­plicam os ma­te­riais cen­trais do Par­tido.

A ideia de re­pro­duzir os pos­tais di­gi­tais, ex­plicou Fer­nando Hen­ri­ques, membro da Di­recção da ORL e res­pon­sável da in­for­mação e pro­pa­ganda, surgiu da cons­ta­tação de que muitos e muitos tra­ba­lha­dores con­ti­nuam a des­locar-se para as em­presas e lo­cais de tra­balho, onde as­se­guram o fun­ci­o­na­mento de ser­viços e a pro­dução de bens es­sen­ciais, mas con­frontam-se com uma nova vaga de ofen­siva pa­tronal. É por isso ajus­tado levar junto destes as pro­postas do PCP e a afir­mação de que a si­tu­ação de ex­cepção não pode ser pre­texto para a li­qui­dação de di­reitos e ren­di­mentos, in­siste.

Ini­ci­al­mente a pro­pa­ganda es­tava des­ti­nada aos sec­tores pro­fis­si­o­nais, mas ra­pi­da­mente as or­ga­ni­za­ções con­ce­lhias do dis­trito so­li­ci­taram ma­te­riais para co­lo­carem em es­paços de grande vi­si­bi­li­dade pú­blica. E é o que está a acon­tecer, su­bli­nhou Fer­nando Hen­ri­ques, que em­bora não tenha ainda ele­mentos que lhe per­mitam apurar os efeitos mais pro­fundos da acção, acre­dita que esta cor­res­ponde à ne­ces­si­dade de pro­jectar as justas pro­posta do PCP no ac­tual con­texto, de fazer sentir aos tra­ba­lha­dores que não estão sós e que a sua re­sis­tência e luta não se en­contra de qua­ren­tena.



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