Dias em luta no Porto

Durante a semana passada, a União dos Sindicatos do Porto promoveu ou apoiou uma série de iniciativas que levaram para a rua os problemas e a luta dos trabalhadores do distrito.

No dia 3, organizados no CESP/CGTP-IN, trabalhadores da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, proprietária de vários lares de idosos, concentraram-se frente à sede da instituição, em Vila do Conde, para exigirem o fim das jornadas de trabalho de 12 horas nos sete dias da semana e o pagamento do trabalho suplementar realizado.

Também nessa quarta-feira, o STRUP e a Fectrans mobilizaram trabalhadores para junto da sede da Antrop, exigindo da associação patronal o fim do lay-off nas principais empresas privadas de transporte rodoviário de passageiros.

Em defesa do Serviço Nacional de Saúde e da valorização dos seus profissionais, a USP associou-se à acção realizada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, no dia 4, de manhã, junto do Hospital de Santo António, reclamando que o reconhecimento do Governo vá além das palavras e que sejam retomadas negociações interrompidas.

Nessa quinta-feira, de tarde, dirigentes da USP prestaram solidariedade aos trabalhadores da Cultura, que se manifestaram na Avenida dos Aliados (ver pág. 13).

Na sexta-feira, dia 5, trabalhadores da hotelaria e restauração reuniram-se de manhã na Praça D. João I, junto da sede da associação patronal Aphort. O encontro, promovido pelo sindicato da Fesaht/CGTP-IN, visou exigir o pagamento dos salários em atraso e medidas para responder à grave situação dos trabalhadores despedidos ou com salários reduzidos.

Medidas para responder a estes e outros problemas dos trabalhadores do distrito foram exigidas, ao fim da manhã, junto da Autoridade para as Condições do Trabalho e frente à Segurança Social.

De tarde, contra o lay-off, os despedimentos e o «banco» de horas, foi realizada com o SITE Norte uma acção junto da fábrica da Hutchinson, em Campo (Valongo).

 



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