Professores pela negociação preparam respostas de luta

MO­BI­LIZAÇÃO Pe­rante a re­cusa do Mi­nis­tério da Edu­cação a ne­go­ciar rei­vin­di­ca­ções e pro­postas dos do­centes, a Fen­prof pro­move, até dia 25, uma ampla aus­cul­tação sobre a si­tu­ação e as lutas a re­a­lizar.

Só a mo­bi­li­zação dos do­centes ven­cerá a re­cusa de ne­go­ci­ação

No inqué­rito, que a Fe­de­ração Na­ci­onal dos Pro­fes­sores lançou no dia 13, são co­lo­cadas per­guntas sobre as con­di­ções de se­gu­rança sa­ni­tária nas es­colas, sobre as­pectos de na­tu­reza pe­da­gó­gica e so­ci­o­pro­fis­si­onal e sobre o re­curso a formas de acção e luta «contra o blo­queio à ne­go­ci­ação im­posto pelo ME».

São co­lo­cadas três op­ções para o pro­testo: pe­ti­ções, greve ou uma grande ma­ni­fes­tação na­ci­onal, mas esta será a menos pro­vável. «Sa­bendo nós que as grandes ma­ni­fes­ta­ções hoje são mais di­fí­ceis, se ca­lhar co­meça a ga­nhar fi­gura a ne­ces­si­dade de os pro­fes­sores di­zerem da sua in­sa­tis­fação e da sua in­dig­nação com o que se passa re­cor­rendo à greve», disse o Se­cre­tário-geral da Fen­prof, na pas­sada sexta-feira.

Ci­tado pela agência Lusa, du­rante uma con­cen­tração de di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais frente ao Mi­nis­tério da Edu­cação, Mário No­gueira in­formou que «não há ne­nhuma data mar­cada para reunir» e con­cluiu que «já co­meça a não valer muito a pena dar con­fi­ança a um mi­nistro destes». A úl­tima reu­nião ne­go­cial da Fen­prof com a tu­tela teve lugar em Ja­neiro.

Ao apelar à mo­bi­li­zação de todos os pro­fes­sores, a fe­de­ração as­si­nalou que o mi­nistro da Edu­cação con­si­derou ino­por­tuno ne­go­ciar pro­postas que visam «con­cre­tizar as­pectos que a pró­pria pro­posta de lei do Or­ça­mento do Es­tado para 2021 prevê, como «o re­ju­ve­nes­ci­mento da pro­fissão do­cente ou a de­fi­nição de me­didas que atraiam jo­vens para a pro­fissão».

Me­didas de Se­gu­rança e Saúde no Tra­balho «são ma­téria da ne­go­ci­ação co­lec­tiva», mas «os res­pon­sá­veis do ME negam a ne­go­ci­ação e não as­se­gu­raram con­di­ções de pre­venção e se­gu­rança sa­ni­tária que re­du­zissem ao mí­nimo o risco de in­fecção». Ou­tras pro­postas re­ferem-se à falta de pro­fes­sores.

Na se­gunda-feira, dia 16, a Fen­prof re­meteu ao pri­meiro-mi­nistro uma carta a apelar ao fim ao blo­queio ne­go­cial na Edu­cação.

 



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