Defesa da Groundforce e dos trabalhadores impõe intervenção imediata do Governo

ACÇÃO O PCP re­clama a in­ter­venção ime­diata do Go­verno na SPdH Ground­force, de modo a que seja as­se­gu­rado o pa­ga­mento atem­pado dos sa­lá­rios e res­ta­be­le­cido o equi­lí­brio fi­nan­ceiro da em­presa.

Há um pro­cesso de pressão e chan­tagem sobre a SPdH e os seus tra­ba­lha­dores

A si­tu­ação é de «ex­trema gra­vi­dade», alerta o Grupo Par­la­mentar do PCP, razão pela qual en­tregou um pro­jecto de re­so­lução em de­fesa da em­presa e dos seus tra­ba­lha­dores onde, para lá do ob­jec­tivo de ga­rantir os sa­lá­rios e o aval de em­prés­timo que res­titua de­sa­fogo de te­sou­raria, é re­co­men­dado ao Go­verno do PS que pro­ceda à na­ci­o­na­li­zação da SPdH Groun­force, que per­tence ao Grupo TAP. Isto porque, como se re­fere na parte re­so­lu­tiva do di­ploma, só desta forma é pos­sível ga­rantir a «es­ta­bi­li­dade de uma em­presa e de um sector de im­por­tância es­tra­té­gica para a avi­ação civil na­ci­onal e o seu de­sen­vol­vi­mento».

No con­texto da avi­ação civil, a as­sis­tência em es­cala (o cha­mado han­dling) é, aliás, um ser­viço in­dis­pen­sável para a ope­ração das com­pa­nhias aé­reas e dos ae­ro­portos.

Daí que seja ina­cei­tável que os 2400 tra­ba­lha­dores da SpdH Groun­force es­tejam a ser con­fron­tados com uma si­tu­ação de atraso no pa­ga­mento dos seus sa­lá­rios – Fe­ve­reiro con­tinua por pagar -, a que veio somar-se um quadro de ame­aças de in­sol­vência de uma em­presa que tem tudo para ser viável e lu­cra­tiva.

«Na prá­tica, tal re­pre­senta a ameaça de li­quidar a con­tra­tação co­lec­tiva e os vín­culos la­bo­rais de 2400 tra­ba­lha­dores para poder abrir ao lado uma em­presa nova, sem Acordo de Em­presa, com me­nores sa­lá­rios e com o afas­ta­mento dos ele­mentos mais rei­vin­di­ca­tivos», de­nun­ciou o de­pu­tado co­mu­nista Bruno Dias, que marcou pre­sença so­li­dária junto dos tra­ba­lha­dores na acção de rua por estes le­vada a cabo, entre ou­tras já re­a­li­zadas, no pas­sado dia 10 de Março.

Já an­te­ri­or­mente, em per­gunta di­ri­gida no início do mês ao mi­nistro das Infra-es­tru­turas, Bruno Dias e Diana Fer­reira cha­mavam a atenção para a cir­cuns­tância de es­tarem reu­nidos todos os in­gre­di­entes para «ser lan­çado um mega-pro­cesso de pressão e chan­tagem sobre a SPdH e os seus tra­ba­lha­dores, na abor­dagem de pressão e chan­tagem já uti­li­zada na TAP: os sa­lá­rios e a con­tra­tação ou o em­prego».

Na base da si­tu­ação que está criada, na pers­pec­tiva do PCP, está a «in­ca­pa­ci­dade fi­nan­ceira do ac­ci­o­nista pri­vado», iden­ti­fi­cada há mais de um ano, a que se juntou a «de­li­be­rada opção do Go­verno» de deixar a «crise ar­rastar» e re­bentar sobre os tra­ba­lha­dores da em­presa.

O que se exige, pois, é que o Go­verno actue com a má­xima ur­gência no sen­tido de ajudar a SPdH e os seus tra­ba­lha­dores a su­pe­rarem a ac­tual crise.



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