XX Cimeira da ALBA-TCP reforça cooperação e defesa da soberania
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, reafirmou o carácter solidário da XX Cimeira da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), falando na abertura da reunião, que decorreu na terça-feira, 14, em Havana.
Face à pandemia de Covid-19 e ao cerco dos Estados Unidos da América contra os países da região, «as nossas democracias não baseiam as suas forças nas armas», afirmou, qualificando de «hipócrita» a celebração da denominada Cimeira da Democracia, promovida recentemente por Washington, com a exclusão de vários dos participantes na reunião em Havana. «Para não faltar à verdade, deveria chamar-se cimeira da não democracia», acrescentou.
Díaz-Canel enalteceu, entre os valores fundacionais da ALBA-TCP, a cooperação e a defesa da soberania. «Nasceu da solidariedade, afirma-se no poder dos povos para transformar a história», realçou. Nesse sentido, enumerou as mostras de intercâmbio solidário entre os membros da organização durante a emergência sanitária provocada pela COVID-19.
A cimeira definiu acções para garantir a paz e a estabilidade na área e redobrou a concertação política para enfrentar a ingerência e as políticas hostis dos EUA. O fórum abordou igualmente, como outra das prioridades, uma ordem de complementaridade económica e a construção de um observatório contra a ingerência.
Os presidentes da Bolívia, Luis Arce; da Venezuela, Nicolás Maduro; da Nicarágua, Daniel Ortega, assim como os primeiros-ministros de Granada, Keith Mitchell; e de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, participaram no fórum de Havana. Presentes, também, representantes de Santa Lucía, Dominica, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Neves.