Mais e melhor Segurança Social

As­si­na­lando o Dia da Se­gu­rança So­cial, o PCP re­a­lizou, no dia 5, em Lisboa, um en­contro com es­tru­turas de tra­ba­lha­dores e as­so­ci­a­ções deste sector, que contou com a pre­sença de Je­ró­nimo de Sousa.

Va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores é in­dis­so­ciável da de­fesa e re­forço da Se­gu­rança So­cial

Coube-lhe a pri­meira in­ter­venção, co­me­çando por des­tacar o «im­pres­cin­dível papel do Sis­tema Pú­blico de Se­gu­rança So­cial, uni­versal e so­li­dário» en­quanto con­quista de Abril ins­crita na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa. «Con­quista que im­porta de­fender e apro­fundar, também com os tra­ba­lha­dores da Se­gu­rança So­cial», afirmou.

«O papel cen­tral da Se­gu­rança So­cial tem sido re­a­li­zado num quadro de enormes di­fi­cul­dades», sa­li­entou o di­ri­gente co­mu­nista. Nos úl­timos 12 anos foram des­truídos mais de sete mil dos 15 mil postos de tra­balho exis­tentes na Se­gu­rança So­cial, ao mesmo tempo que foram en­cer­rados ser­viços e con­cen­trados meios, ser­viços e com­pe­tên­cias. Por outro lado, o nú­mero de ad­mis­sões não têm com­pen­sado as saídas, pro­vo­cando assim a de­gra­dação das con­di­ções de tra­balho dos que que di­a­ri­a­mente ga­rantem o fun­ci­o­na­mento deste sis­tema.

Ao longo dos anos, ve­ri­ficou-se também uma acen­tuada de­gra­dação no es­ta­tuto re­mu­ne­ra­tório destes tra­ba­lha­dores, agora con­fir­mada por uma pro­posta in­su­fi­ci­ente de au­mento de 0,9 por centro do seus sa­lá­rios para 2022.

«Da parte do PCP, con­ti­nu­a­remos a dar pri­o­ri­dade à ne­ces­sária va­lo­ri­zação dos di­reitos e das con­di­ções de tra­balho dos tra­ba­lha­dores da Se­gu­rança So­cial. A in­tervir vi­sando ga­rantir a ad­missão dos re­cursos ne­ces­sá­rios, a par do in­ves­ti­mento na sua qua­li­fi­cação e for­mação pro­fis­si­onal dos tra­ba­lha­dores», ga­rantiu Je­ró­nimo de Sousa neste en­contro re­a­li­zado na As­so­ci­ação Na­ci­onal dos Cen­tros de Cul­tura e Des­porto da Se­gu­rança So­cial.


Pro­postas fun­da­men­tais

«Hoje mesmo [dia 5] en­tre­gámos na As­sem­bleia da Re­pú­blica e no quadro do de­bate do Or­ça­mento do Es­tado (OE) para 2022, uma pro­posta de ad­missão de 1500 tra­ba­lha­dores para o Ins­ti­tuto da Se­gu­rança So­cial, com vín­culo por tempo in­de­ter­mi­nado, sendo que, destes, 200 de­verão ser afectos ao Centro Na­ci­onal de Pen­sões», adi­antou.

O re­forço das trans­fe­rên­cias anuais do OE con­tinua, para o PCP, a ser fun­da­mental para ga­rantir o fi­nan­ci­a­mento do sub­sis­tema de pro­tecção so­cial de ci­da­dania e a ele­vação dos mon­tantes das pres­ta­ções so­ciais.

«Que­remos, en­tre­tanto, des­tacar que no âm­bito do de­bate do OE apre­sen­ta­remos pro­postas vi­sando a va­lo­ri­zação das pen­sões e do con­junto das pres­ta­ções so­ciais para que estas con­tri­buam», acres­centou Je­ró­nimo de Sousa, re­fe­rindo-se a uma «ac­tu­a­li­zação ex­tra­or­di­nária para todas as pen­sões cor­res­pon­dente a 5,3 por cento do valor da pensão» em que o mon­tante da ac­tu­a­li­zação não po­derá ser «in­fe­rior a 20 euros por pen­si­o­nista».

Eli­minar as pe­na­li­za­ções das pen­sões an­te­ci­padas para os tra­ba­lha­dores que já ace­deram à re­forma nas si­tu­a­ções em que à data da sua re­forma pre­en­chiam os re­qui­sitos re­fe­rentes às muito longas car­reiras con­tri­bu­tivas; me­lhoria das con­di­ções de atri­buição do sub­sídio de de­sem­prego e sub­sídio so­cial de de­sem­prego e a va­lo­ri­zação dos seus mon­tantes, são ou­tras das pro­postas que o PCP apre­sen­tará.


Pro­teger na ju­ven­tude

e na ve­lhice

Em re­lação à po­breza in­fantil, Je­ró­nimo de Sousa também as­se­gurou que o PCP avan­çará com pro­postas que visem a uni­ver­sa­li­dade do abono de fa­mília e a va­lo­ri­zação dos seus mon­tantes; a gra­tui­ti­dade das cre­ches para todas as cri­anças em 2023 e a cri­ação de 100 mil vagas em rede pú­blica até 2026.

Já quanto à va­lo­ri­zação da pro­tecção so­cial das pes­soas com de­fi­ci­ência, o Se­cre­tário-geral apontou, entre ou­tras me­didas, o alar­ga­mento do cri­té­rios de acesso à pres­tação so­cial de in­clusão e dos va­lores dos seus mon­tantes como algo fun­da­mental.

O di­ri­gente co­mu­nista também re­feriu que o PCP irá in­sistir na re­po­sição da idade legal de re­forma aos 65 anos, a eli­mi­nação do factor de sus­ten­ta­bi­li­dade às pen­sões por de­sem­prego in­vo­lun­tário de longa du­ração e o di­reito à re­forma para quem tenha no mí­nimo 40 anos de car­reira con­tri­bu­tiva sem qual­quer pe­na­li­zação.

 



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