Polícias admitem novas lutas

«Caso o Governo não demonstre vontade política de dar respostas, teremos de continuar a lutar, da forma que entendermos mais eficaz, mais capaz, mas sempre com coesão, união e participação», disse o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), junto da Assembleia da República.

Paulo Santos tomou a palavra no final de uma manifestação que, no dia 24, ao fim da tarde, saiu da Praça Luís de Camões e seguiu, em silêncio, para o Palácio de São Bento.

A numerosa presença de polícias levou o dirigente a afirmar que o ministro da Administração Interna «não tem razão, quando afirma que será uma minoria» em contestação.

Como «problemas que existem e que se agudizam», Paulo Santos referiu: a falta de efectivo e a pouca atractividade da PSP; o aumento de missões e recurso a trabalho suplementar; o corte de folgas e a dificuldade de gozo de créditos horários, o «uso e abuso» da disponibilidade permanente; o desrespeito pela pré-aposentação e o envelhecimento do efectivo; a ausência de higiene e saúde no trabalho; as fracas condições de trabalho; um SAD/PSP (subsistema de saúde) com poucos recursos humanos e constantes bloqueios; uma compensação do risco insultuosa (cem euros).

A ilustrar as consequências desta situação, Paulo Santos recordou que o ministro «insiste em repetir o mesmo curso de agentes vinte vezes, mas nem tão pouco consegue preencher as vagas, ficando o último concurso quase a 50 por cento das necessidades».

 



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