Deputados do PCP no PE afirmam alternativa no Porto

As jornadas de trabalho dos deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE) percorreram o distrito do Porto na passada semana, concretizando contactos de rua com as populações e trabalhadores.

Daqui levamos confiança e ânimo para os combates que se avizinham

Nas feiras e mercados, no comércio, nos locais de trabalho, as dezenas de iniciativas, que decorreram entre os dias 19 e 22, deram expressão de rua e, por vezes, de massas, aos problemas concretos com os quais a generalidade do povo se confronta. Simultaneamente, permitiram afirmar com uma enorme alegria, confiança e força, de que não só é justo e necessário, como é possível, uma política alternativa que corresponda às necessidades da imensa maioria.

Foram cerca de 50 acções de contacto em diversos concelhos e sectores de actividade. Dias de trabalho profícuos, com um grande envolvimento das organizações locais e de empresa do Partido e com importante participação de camaradas nas várias distribuições, mas também nas três tribunas públicas, na arruada e nos dois comícios que se realizaram integrados no programa das jornadas.

Com um significativo trabalho já realizado no PE, os deputados do PCP lembraram as intervenções em defesa da soberania e produção nacional, designadamente nos contactos realizados com os trabalhadores da Efacec e da Petrogal. Com os operários do sector do vestuário e do calçado ou do ramo automóvel, com os trabalhadores do aeroporto ou os estafetas de distribuição de refeições, com os pescadores e com os trabalhadores do comércio e da restauração, os eleitos em Estrasburgo obtiveram impressivos testemunhos sobre as consequências do brutal aumento do custo de vida.

A isto, João Pimenta Lopes e Sandra Pereira contrapuseram com a urgência do aumento geral de salários e das pensões, desde logo do Salário Mínimo Nacional, às quais se devem associar a fixação de preços máximos de bens e serviços essenciais, o combate à precariedade laboral e à desregulação dos horários de trabalho.

Confiança na luta

Aos dramáticos testemunhos em torno da habitação, os deputados do PCP no PE apresentaram a necessidade imediata de colocar os lucros da banca a pagar os aumentos das taxas de juro, que urge reverter. Isto a par de medidas que protejam o direito à habitação e que combatam a especulação, a mobilização de meios para a construção de habitação pública.

No mesmo sentido, à degradação do Serviço Nacional de Saúde os comunistas contrapuseram a necessidade de mobilizar os milhares de milhões que vão direitinhos para o negócio da doença, em investimento no SNS. Entre este, importa, com urgência, valorizar as carreiras e os salários dos profissionais de saúde, promovendo adequados incentivos para resolver as deficiências em recursos humanos, infra-estruturas e valências, garantindo o direito à saúde como se encontra constitucionalmente consagrado.

Como destacaram João Pimenta Lopes e Sandra Pereira no comício de encerramento das jornadas, realizado em Rio Tinto, será com esta alegria, com a força dos que não se resignam, dos que não deixam de lutar pelo País que queremos, mais justo e solidário, independente e soberano; dos que não abdicam de lutar pela paz e pela cooperação, que daqui levamos confiança e ânimo para os combates que se avizinham, para continuar a defender, de forma intransigente e abnegada, os interesses dos trabalhadores, do povo e do País.



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