Intervenção, coragem e determinação na Ceia de Braga

Centenas de militantes e amigos do PCP e da CDU participaram na já tradicional ceia da Organização Regional Braga que se realizou, no dia 30, na Cantina da AGERE. Este ano, a iniciativa contou com a participação de João Oliveira, deputado comunista no Parlamento Europeu e membro da Comissão Política.

Ceia em Braga demonstrou que há condições para o PCP se reforçar e avançar

Foi com grande animação e com enorme espírito de partilha e camaradagem que se realizou a Ceia de Braga do PCP, uma iniciativa já tradicional na organização regional minhota.

Para além de João Oliveira, no momento político da noite, interveio Inês Rodrigues, da Direcção Nacional da JCP, que saudou as mais recentes lutas dos jovens estudantes e trabalhadores. Recordou, igualmente, a realização do Congresso da JCP, nos dias 17 e 18 de Maio, sob o lema «Nas nossas mãos o mundo novo», prova da razão e organização dos jovens do PCP, prontos para, com força e coragem, – como afirmou – intervir no mundo de hoje para transformar o amanhã.

Por sua vez, João Baptista, membro da Direcção da Organização Regional de Braga e eleito do PCP na Assembleia Municipal do concelho, acusou os deputados do PSD, PS, Chega e IL, eleitos por aquele círculo eleitoral, de sofrerem um «ataque de amnésia», pois ao chegaram a Lisboa esqueceram todos os compromissos assumidos com a população da região. São exemplos disso a ligação ferroviária de Braga e Guimarães, a construção da nova ala cirúrgica do Hospital de Braga, o novo passe inter-regional e intermodal, a conclusão da Variante do Cávado – reivindicações que têm merecido a aprovação destes partidos no plano local, mas que são depois rejeitadas na Assembleia da República.

O eleito da CDU no município de Braga abordou ainda a tentativa de «veto de secretaria» que está a acontecer às intenções de repor as freguesias extintas no concelho, vontade das populações e de alguns órgãos autárquicos.

Orçamento não serve o País
Coube a João Oliveira realizar a intervenção de encerramento, na qual, o dirigente destacou a importância da acção e da iniciativa do PCP num País e num mundo que vivem graves e perigosos momentos. São exemplos infelizes disso, o agravamento da escalada armamentista na Ucrânia, que acarreta o risco de confronto directo entre potências nucleares, e o genocídio do povo palestiniano. Perigos alimentados pelas decisões do Parlamento Europeu e pelos governos dos países da União Europeia que, por outro lado, ignoram a agudização das desigualdades e injustiças, da pobreza e da exclusão social.

O dirigente referiu ainda que as pessoas sabem, pela experiência da sua vida, que os salários e pensões são demasiado baixos para enfrentar o vertiginoso aumento do custo de vida. A propósito desta questão, o deputado europeu recordou os acontecimentos do dia anterior, em que milhares de trabalhadores se manifestaram até à Assembleia da República para pedir mais salários, direitos, respeito, carreiras e profissões valorizadas. Ao mesmo tempo, no Parlamento, era aprovado um Orçamento do Estado que, ao invés de responder às necessidades do povo, serve apenas os grupos económicos e uma pequena minoria de exploradores.

Antes de terminar, João Oliveira sublinhou a importância do XXII Congresso do PCP e do seu processo de preparação e construção que já envolveu milhares de militantes.

 



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