Quatro meses depois da nomeação da nova administração do Arsenal do Alfeite (a 19 de Julho), esta continua incompleta, faltando a indicação, por parte do Governo, de duas administradoras, referem, em nota conjunta de dia 25, a Comissão de Trabalhadores da empresa e o STEFFAs.

Além disso, apontam, o Governo continua a não dar qualquer sinal concreto de investimento no estaleiro público, que se afigura urgentemente necessário.

As estruturas criticam, ainda, o ministro da Defesa Nacional, que tutela a empresa, por este ainda não ter visitado as suas instalações nem agendado uma reunião com estas organizações representativas dos trabalhadores, solicitada em Abril.

PCP ao lado do Arsenal
No âmbito do Orçamento do Estado para 2025, os deputados do PCP propuseram uma transferência de 17 milhões de euros para o Arsenal, destinada a combater a sua degradação e investir na sua modernização e capacitação.

O Partido propôs, igualmente, a transferência do Arsenal para a orgânica da Marinha, extinguindo-o enquanto sociedade anónima. Nesta proposta, a bancada comunista lembra que sempre foi contrária à «empresarialização» do Alfeite, que não só fomentou problemas como a falta de investimento e de trabalhadores, como abre caminho à possibilidade da sua privatização (à semelhança da OGMA).

As duas propostas foram rejeitadas pelos mesmos de sempre: a primeira, com os votos contra de PSD, CDS, CH e IL; a segunda, com os votos contra de PSD e CDS, e abstenção da IL. O PS absteve-se nas duas propostas.