Levar a luta dos estudantes até ao voto

A Direcção Central do Ensino Superior (DCES) da JCP valorizou a «extraordinária mobilização» dos estudantes de todo o País na Manifestação Nacional de 24 de Março, «um evidente sinal da vontade de mudança de política» que se exige.

Há um agravamento dos obstáculos colocados aos estudantes do Ensino Superior

Reunida no passado dia 12, a DCES sublinha que esta «mobilização» comprova o que a JCP e o PCP sempre afirmaram: «11 meses de acção do Governo PSD-CDS, com a convergência de IL e Chega, e a cumplicidade do PS, significaram o agravamento dos obstáculos colocados aos estudantes do Ensino Superior».

Em causa estão, por exemplo, as recentes ameaças de aumento das propinas, a revisão do modelo de acesso ao Ensino Superior ou a proposta de Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. «Decorrentes de uma crise política que manteve enraizada a precariedade na vida de milhares de jovens estudantes, as eleições legislativas de 18 de Maio são agora uma oportunidade para, com o reforço da CDU, afirmar a vontade da juventude, (…) assegurando o acesso e sucesso universal e gratuito aos mais elevados graus de ensino», afirmam os jovens comunistas.

 

Ensino Profissional diz não às injustiças

Também os estudantes do Ensino Profissional saíram à rua em Março por um sistema de faltas mais justo, por mais condições materiais e humanas, por cantinas e bares nas escolas, pela valorização da avaliação contínua. «Está na hora de dizer não às injustiças», acentua o movimento «Voz aos Estudantes», que apela à «continuação do desenvolvimento da luta pela melhoria das condições e pela educação» a que estes estudantes têm direito. As acções decorreram na Escola Profissional de Braga, na Escola Profissional da Região Alentejo, em Évora, na Escola Profissional de Tomar e na Escola Técnica Profissional da Moita.

 

Ameaçados por RGA

Dois estudantes do 10.º ano da Escola Secundária de Sampaio, em Sesimbra, estão a ser ameaçados com um procedimento disciplinar por organizarem uma Reunião Geral de Alunos (RGA). O «castigo» passa por escolher entre limpar a escola ou ser suspensos três dias, segundo os alunos.

A RGA, em concordância com o artigo n.º 32 da Lei Geral do Associativismo Jovem, convocada via abaixo-assinado, com 224 assinaturas, correspondente a aproximadamente 25 por cento dos estudantes da escola, teve lugar no dia 25 de Fevereiro, às 9h55, no bar da escola, com a presença de dezenas de alunos, que discutiram os problemas da escola e aprovaram duas moções, uma delas a apontar para uma concentração que se realizou no dia 27 de Março no portão da escola. Desde o primeiro momento, a direcção da escola assumiu uma postura hostil, de intimidação e tentativa de impedimento da RGA, colocando diversos entraves à sua realização.

 



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