Uma luta de fundo
Dois dia antes das eleições, a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) Portugal apelou aos partidos concorrentes às eleições legislativas de domingo passado para fazerem do combate à pobreza um desígnio nacional, alertando para os mais de 1,7 milhões de pessoas que são pobres, a viver com menos de 632 euros por mês ou em que duas em cada cinco pessoas vivem em situação de pobreza ou exclusão social.
Ora, o PCP e a CDU propõem-se exactamente combater as causas da pobreza, insistindo na necessidade de uma política que dê resposta aos problemas nacionais, combata as desigualdades sociais, aumente os salários e as pensões, resolva o problema da habitação, defenda os serviços públicos, salve e reforce o SNS, responda aos direitos das crianças e dos pais.
Por isso mesmo, com os meios que tem, com os seus três deputados na AR, com a dinamização da luta, com a sua intervenção, o PCP e a CDU estarão, hoje como sempre estiveram, neste combate pela eliminação da pobreza e da exclusão social, atacando as suas verdadeiras causas, lutando por uma sociedade de progresso social e de paz.
Mas para que tal objectivo seja alcançado é precisa uma outra política, patriótica e de esquerda, que coloque Portugal no rumo do desenvolvimento, valorize o trabalho e os trabalhadores, aposte na produção nacional, exerça o controlo público sobre os sectores estratégicos
É por essas respostas e por essa outra política que, no novo quadro saído das eleições legislativas de 18 de Maio, o PCP e a CDU se continuarão a bater, com a coragem, seriedade e confiança que caracterizam a sua acção, com a consciência de quem sabe que, por estes objectivos, a luta valeu e vale sempre a pena, sejam quais forem as batalhas que seja necessário travar.
Com a coragem de sempre para enfrentar a direita, insista-se, e a confiança na construção de um Portugal com futuro.