Argentinos manifestam-se contra políticas neoliberais
Na Argentina, organizações sindicais e políticas, trabalhadores, reformados e outras camadas e sectores sociais, continuam a manifestar-se contra as políticas neoliberais do governo presidido por Javier Milei e a reivindicar melhores salários, pensões e condições de vida.
«Querem tirar-nos os sonhos e um povo que não sonha é um povo que morre»
Em Buenos Aires, as proximidades do edifício do Congresso da Argentina foram cenário, no dia 4, de uma ampla manifestação com a participação de organizações sindicais e políticas, trabalhadores, reformados e outras camadas e sectores sociais. Os manifestantes apresentaram diferenciadas reivindicações, mas tinham um denominador comum: protestar contra as políticas do governo do presidente Javier Milei, de extrema-direita, exigir aumentos de salários e pensões, melhores condições de vida, a melhoria de assistência a pessoas com deficiência e a defesa das instituições científicas e culturais.
Cartazes e faixas denunciavam as políticas neoliberais do governo e, desde logo, a pilhagem e o incremento da pobreza dos trabalhadores.
Enquanto a manifestação decorria, no interior do Congresso as bancadas da oposição conseguiram o quórum necessário para um debate parlamentar sobre temas sociais de relevância, como o possível aumento de 7,2% para os reformados ou um projecto de lei para uma declaração de emergência relacionada com pessoas com deficiência.
A polícia argentina deteve uma caravana de autocarros escolares com familiares de crianças e jovens com deficiência para os impedir de se juntarem ao protesto.