Perigosa escalada de guerra na Europa
No final de Maio, o chanceler alemão Friedrich Merz anunciou que dera autorização à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance cedidos pela Alemanha contra território russo, somando-se a EUA, Reino Unido e França. Em causa estão os mísseis ATACMS, Storm Shadow e Taurus, com alcance entre os 250 e os 500 quilómetros. Dias depois, no início de Junho, um ataque contra bases militares russas, algumas localizadas bem no interior do país, reivindicado pela Ucrânia, mas exigindo apoio logistico de países da NATO, destruiu várias aeronaves da aviação estratégica nuclear da Federação Russa.
Face a esta perigosa escalada e enquanto decorrem em Istambul negociações entre Rússia e Ucrânia, foi referido pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguéi Ryabkov, que a Rússia poderá pôr fim à moratória unilateral sobre a instalação de mísseis de médio e curto alcance, que a Rússia mantém apesar dos EUA terem decidido abandonar formalmente o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF, na sigla em inglês), em 2019.
O diplomata referiu que nem os EUA nem os seus aliados ocidentais têm em conta a moderação demonstrada por Moscovo. Recode-se que, ainda antes do agravamento do conflito em 2022, durante a Administração Biden, os EUA chegaram a admitir a possibilidade de instalar tais misseis na Ucrânia.
Entretanto, aproxima-se a cimeira da NATO e em cima da mesa estará o aumento significativo das despesas militares dos países que integram este bloco político-militar.