Estivadores italianos impedem envio de armas para Israel

Estivadores do porto italiano de Salerno, na região da Campânia, no sul de Itália, impediram o embarque de armamento no cargueiro israelita Contship ERA, da companhia ZIM. De acordo com uma nota da Federação Italiana de Trabalhadores do Transporte (FILT), em Roma, no dia 10, os estivadores bloquearam a carga de armamento para evitar ser cúmplices no genocídio que Israel comete contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza.

Para Gerardo Arpino, secretário provincial da FILT, que integra a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), «os estivadores de Salerno não pretendem de modo algum contribuir para alimentar os crimes de guerra e o massacre que o governo de Israel está a levar a cabo contra a indefesa população palestiniana».

Uma acção similar teve lugar dias antes no porto de Génova, na região de Ligúria, no norte da Itália, onde trabalhadores portuários, filiados na União Sindical de Base (USB), também se mobilizaram à chegada do mesmo barco, para obstaculizar o envio de material bélico para Telavive.

«Reiteramos energicamente que não queremos ser cúmplices do genocídio em Gaza e nos opomos firmemente a todas as guerras», enfatizaram então os sindicalistas genoveses em comunicado.

A USB recordou protestos semelhantes contra embarques de armamento realizados anteriormente em outros portos italianos, como Livorno, Pisa e Bréscia, em solidariedade com as mobilizações contra a guerra e o fim dos ataques de Israel contra a população palestiniana, «cujo genocídio deve cessar de imediato».

Estes protestos enquadram-se em iniciativas contra o tráfico de armas e as políticas belicistas, que, em Itália, incluem uma greve geral convocada para o próximo dia 20, assim como uma manifestação nacional em Roma, no dia seguinte.

 



Mais artigos de: Europa

Mais 150 mil milhões para a guerra!

A 27 de Maio deste ano, o Conselho anunciava o regulamento que cria o “Instrumento de Acção para a Segurança da Europa (SAFE)”. Trata-se da renomeação do que antes lançaram como “Rearmar Europa”. A expressão “rearmar” caiu mal. Não apenas pela ideia expressa de aquisição de armas, como fica difícil falar em...