Calvário diário
Abordada por Jerónimo de Sousa foi também a falta de investimento público e de como isso se reflecte no quotidiano das pessoas, infernizando-lhes a vida.
Nos concelhos da margem Sul e em Lisboa, «há meses que os passageiros se amontoam nos cais de embarque por falta de barcos», lamentou, chamando a atenção do primeiro-ministro para o que esta situação significa para quem, tendo de se deslocar para uma consulta, o emprego, ou tratar de um qualquer assunto, «fica de repente sem alternativa, com a vida desarranjada».
Daí considerar que em face das «situações dramáticas que se vão acumulando» é urgente dar «respostas, reforçar infra-estruturas, meios e investimento».
Dizendo ter «consciência» das «situações dramáticas» vividas pelos utentes nas travessias quer da Soflusa quer da Transtejo, e reconhecendo a existência de razões para a «insatisfação» de utentes e de autarcas, o primeiro-ministro atribuiu «parte do problema» à «ausência de manutenção» que devia ter sido feita e não o foi «ao longo de vários anos».
Admitiu, contudo, que «não foi a única razão» e garantiu que o ministro do Ambiente «já tinha um conjunto de medidas previstas para responder o mais rapidamente possível à situação que se está a viver» naquelas empresas que fazem a ligação entre as duas margens do Tejo.