Clarificação
Na sequência do debate das propostas sobre legislação laboral do PCP, comentando o resultado da votação, o líder parlamentar comunista considerou ter havido uma «clarificação».
«O que muda é que houve uma clarificação, a clarificação da opção de convergência do PS com PSD e CDS, que foram objectivamente, hoje, os seus parceiros», declarou João Oliveira aos jornalistas no Parlamento.
Para o presidente da bancada comunista este desfecho das iniciativas legislativas confirma, aliás, o que o PCP tem vindo a dizer há dois anos e meio: «que há um Governo minoritário do PS e que a actual correlação de forças não permite as políticas patrióticas e de esquerda de que o País precisa, mas só alguns avanços». Recorde-se que o PCP tem 15 deputados, o PEV 2 e o PS 86.
Depois de assegurar que o PCP continuará a sua «intervenção», tal como os trabalhadores a sua «luta por direitos» e a «resolução de problemas e matérias que afectam milhões de vidas», João Oliveira informou que prosseguirá o diálogo com o PS, designadamente quanto ao OE para 2019, de modo a «retirar tudo o que a actual correlação de forças permite», tendo sempre presente que o «PCP nunca troca umas coisas por outras, direitos dos trabalhadores por outros direitos dos trabalhadores».