Audição com assistentes aeroportuários

O Grupo Par­la­mentar do PCP re­a­lizou uma au­dição par­la­mentar sobre as con­di­ções de tra­balho dos as­sis­tentes de portos e ae­ro­portos, ho­mens e mu­lheres com um papel fun­da­mental na se­gu­rança ae­ro­por­tuária e do trans­porte aéreo.

Apesar da es­pe­ci­fi­ci­dade das suas fun­ções no âm­bito da se­gu­rança dos ae­ro­portos e dos pas­sa­geiros, estes tra­ba­lha­dores ainda não têm car­reira pro­fis­si­onal, vi­vendo um con­texto la­boral ca­rac­te­ri­zado pela ins­ta­bi­li­dade.

Para quem como o PCP acom­panha de há muito os pro­blemas sen­tidos por estes tra­ba­lha­dores, dando voz à sua luta por me­lhores con­di­ções de tra­balho, contra os atro­pelos aos seus di­reitos – «au­tên­ticas ile­ga­li­dades», assim os clas­si­ficou Bruno Dias –, esta foi, pois, mais uma opor­tu­ni­dade para apro­fundar não só o co­nhe­ci­mento sobre a re­a­li­dade la­boral deste grupo pro­fis­si­onal, como para rei­terar apoio e so­li­da­ri­e­dade à sua luta e re­sis­tência.

As­su­mido de forma clara pelo PCP, re­pre­sen­tado na mesa, além de Bruno Dias, por Ma­nuel Gou­veia, do CC, e Du­arte Alves, as­sessor da ban­cada co­mu­nista, foi também o com­pro­misso de agir na frente par­la­mentar em de­fesa dos di­reitos da­queles tra­ba­lha­dores, através de um me­lhor en­qua­dra­mento le­gis­la­tivo, in­qui­rindo o Go­verno pelo que está a acon­tecer e que é factor de pre­o­cu­pação quanto aos «pró­prios pro­ce­di­mentos de se­gu­rança dos ae­ro­portos na­ci­o­nais», e em re­lação a as­pectos que se prendem com as con­di­ções de tra­balho, com a pró­pria dig­ni­dade» destes tra­ba­lha­dores.

Na au­dição es­ti­veram pre­sentes a CGTP-IN, a FEC­TRANS, o SI­TAVA e mais de três de­zenas de As­sis­tentes de Portos e Ae­ro­portos – Ae­ro­por­tuá­rios.




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