Injustiças ficais
Entre Janeiro e 13 de Junho passado o número de micro, pequenas e médias empresas que foram à falência atingiu a cifra de 1836, o que dá uma média superior a onze por dia.
O número foi referido pelo deputado comunista Agostinho Lopes, em recente interpelação do CDS/PP sobre política fiscal, pretendendo com ele ilustrar a dramática situação por que passam hoje milhares de micro, pequenas e médias empresas.
A sofrer na pele, afinal, os mesmos efeitos da política de desastre nacional do Governo PS que hoje fustiga com ainda maior severidade os trabalhadores, os desempregados, os reformados, os utentes dos serviços públicos de saúde, os estratos e camadas sociais mais frágeis. Contando com o precioso apoio do PSD, o Governo corta a eito e desfere golpes nos salários, aumenta os impostos, corta nos apoios sociais, afectando assim a vida da generalidade das classes trabalhadoras.
É para todos estes que o Estado está a transferir os custos de uma crise para a qual nada contribuíram e pela qual em nada foram responsáveis. E como disse Agostinho Lopes, são todos estes que estão a pagar agora a pesada factura, depois de ter sido o Estado, através da Caixa Geral de Depósitos, «a caixa forte ou a esponja que absorve os desmandos e desvarios da especulação financeira, bolsista e imobiliária dos grandes grupos privados portugueses, nomeadamente os financeiros (BPN, BPP, etc.) para além das remunerações, prémios e bónus de gestores públicos e privados.