Superior contra o Processo de Bolonha
Os estudante do ensino superior tinham agendada uma manifestação ontem, quarta-feira, em Lisboa, do Marquês de Pombal até à Assembleia da República, para exigir a retirada do Processo de Bolonha e uma gestão democrática, com a retirada do novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que retira os alunos dos órgãos e coloca entidades privadas a participar na gestão das escolas.
As reivindicações passam ainda por mais e melhor Acção Social Escolar, com a revogação do decreto 70/2010 que legitima os cortes nas bolsas, mais financiamento para o ensino superior e um ensino público, gratuito, democrático e de qualidade para todos.
O protesto foi convocado, entre outros, pelo Instituto Politécnico de Tomar, Universidade de Coimbra, Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, Instituições de Ensino Superior de Lisboa, Universidade do Minho, Instituto Politécnico de Beja, Instituto Politécnico de Setúbal e Universidade do Porto.
No dia anterior, os estudantes da Escola de Artes da Universidade de Évora, que tambémaderiram à jornada de Lisboa, realizaram um protesto no Pólo dos Leões, e exigiram a resolução de problemas que põem em causa a sua aprendizagem. Entre outras medidas, os universitários reclamaram obras no Pólo de Teatro, nas salas estúdio, de forma a que estas estejam insonorizadas e a construção de uma casa de banho e reparação da actual.
«Sabemos que estes problemas são consequência do subfinanciamento do ensino superior, levado a cabo pelos últimos e actual governos», referem, em nota de imprensa, os estudantes, que reivindicam ainda «obras que permitam a todos frequentar a escola, coisa que hoje não é possível para quem tem mobilidade reduzida», «aquecimento no Pólo de Teatro e o funcionamento do ar condicionado para Artes Visuais», «que o Pólo se mantenha aberto 24 horas por dia e em alguns feriados», «materiais acessíveis a todos de forma gratuita», a «criação de uma reprografia e biblioteca», «que a cantina funcione durante o jantar, com a qualidade necessária», «que o bar tenha produtos a preço social» e «contratação de docentes».