JCP condena Orçamento do Estado do PS e do PSD

Só a luta é o caminho!

Da res­pon­sa­bi­li­dade po­lí­tica do PS e do PSD, sempre con­ver­gentes na im­po­sição de mais sa­cri­fí­cios para os tra­ba­lha­dores e para o povo, o Or­ça­mento do Es­tado para 2011 vai trazer, se­gundo alerta a JCP, mais «es­tag­nação eco­nó­mica» e «re­tro­cesso so­cial».

«Um Or­ça­mento que con­cre­tiza e apro­funda as po­lí­ticas de di­reita se­guidas pelos su­ces­sivos go­vernos e me­lhor serve os in­te­resses da es­pe­cu­lação fi­nan­ceira e dos grandes grupos eco­nó­micos», acusam, em nota de im­prensa, os jo­vens co­mu­nistas, que não con­cordam com o roubo nos sa­lá­rios, com o au­mento dos im­postos e dos preços dos bens es­sen­ciais, com os cortes e re­du­ções do abono de fa­mília a 1,4 mi­lhões de fa­mí­lias, do abono de fa­mília pré-natal, na acção so­cial es­colar, no sub­sídio so­cial de de­sem­prego, com o agra­va­mento do de­sem­prego e com a po­breza.

«PS e PSD vi­a­bi­li­zaram este Or­ça­mento porque ambos con­cordam com o corte dos sa­lá­rios dos fun­ci­o­ná­rios pú­blicos, com a es­can­da­losa ex­tinção do 4.º e 5.º es­ca­lões e a eli­mi­nação da ma­jo­ração para os dois pri­meiros es­ca­lões do abono de fa­mília, com o im­pe­di­mento de acesso ao sub­sídio de de­sem­prego a cen­tenas de mi­lhares de por­tu­gueses de­sem­pre­gados», sa­li­enta a JCP, lem­brando ainda que «ambos estão de acordo» com «os cortes cegos no in­ves­ti­mento pú­blico e na pri­va­ti­zação de em­presas pú­blicas que ga­rantam lu­cros fá­ceis aos grandes grupos eco­nó­micos e con­tri­buam para a de­gra­dação e des­truição de ser­viços pú­blicos es­sen­ciais», no­me­a­da­mente da Se­gu­rança So­cial (corte de 984 mi­lhões), do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (600 mi­lhões), da edu­cação (884 mi­lhões) e do en­sino su­pe­rior (370 mi­lhões).

«Estes cortes são um roubo aos tra­ba­lha­dores e aos jo­vens, são a ne­gação dos di­reitos de­mo­crá­ticos con­sa­grados na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica», acres­centa a JCP, que apela aos jo­vens por­tu­gueses que «lutem contra estas me­didas, pelo di­reito ao em­prego com di­reitos, à es­cola pú­blica, gra­tuita, de qua­li­dade e de­mo­crá­tica, à ha­bi­tação, à saúde, à cul­tura e ao des­porto para todos», desde logo com a par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação pela paz, no dia 20 de No­vembro, e na greve geral, no dia 24 de No­vembro.

 



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