Ofensiva contra os direitos dos povos
Depois da tentativa, falhada, de ilegalização da União da Juventude Comunista Checa (KSM), travada pela luta da juventude checa e pela solidariedade de milhares de pessoas e organizações de todo o mundo, regista-se agora uma nova tentativa de anulação, física e ideológica, da KSM.
Remetendo para um artigo do Código Penal que condena quaisquer actos de negação, aprovação ou justificação de um genocídio, algumas autoridades checas pretendem punir a KSM pela publicação de um artigo no seu site sobre a batalha de Katyn, na II Guerra Mundial.
Na tentativa de repor a verdade histórica sobre um dos acontecimentos mais marcantes da II Guerra Mundial e de condenação dos crimes contra a humanidade do nazifascismo, os jovens comunistas checos enfrentam agora uma queixa apresentada por algumas das mais destacadas figuras da extrema direita e anticomunistas daquele país, que procuram assim, mais uma vez, atacar a KSM.
«Esta é mais uma demonstração da ofensiva anti-comunista, que recorre também ao branqueamento da história, tentando equiparar o comunismo ao nazismo», acentua, em nota de imprensa, a JCP, recordando que «esta ofensiva não se faz sentir apenas na República Checa», mas também na Polónia, onde foram proibidos os símbolos comunistas, em Marrocos, com a proibição do presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática de entrar no Saara Ocidental, no Equador, com o Secretário-geral da Juventude Comunista do Equador a ser violentamente espancado por membros de uma organização de extrema direita. Em Portugal, são de assinalar as limitações à acção sindical, ao direito à greve, as tentativas de limitação do associativismo estudantil, o boicote às lutas, quer dos trabalhadores, quer dos estudantes. Estão ainda a aumentar os episódios de restrição da acção política da JCP.
«Numa altura em que o capitalismo enfrenta uma crise global, intensifica-se também a sua ofensiva contra as forças progressistas, que afirmam e lutam por um sistema diferente, por um mundo de paz, democracia, liberdade e respeito pelos mais fundamentais direitos da humanidade», afirmam os jovens comunistas.