Avanteatro

Representar um mundo que exige transformação

No bar do Avan­te­atro lia-se a se­guinte frase de Ber­tolt Brecht: «Creio que o mundo de hoje pode ser re­pro­du­zido, mesmo no te­atro, mas so­mente se for con­ce­bido como um mundo sus­cep­tível de mo­di­fi­cação».

O pen­sa­mento do ge­nial dra­ma­turgo, en­ce­nador e poeta alemão mar­xista es­teve ainda pre­sente nou­tras ci­ta­ções e car­tazes que de­co­ravam o es­paço, mas, so­bre­tudo, cons­ti­tuiu a fonte ins­pi­ra­dora da pro­gra­mação deste ano.

A ac­tu­a­li­dade de Brecht, como disse ao Avante!, Ma­nuel Men­donça, um dos res­pon­sá­veis pela or­ga­ni­zação do Avan­te­atro, é hoje re­al­çada «pelo ca­minho que a so­ci­e­dade está a tomar e pela ne­ces­si­dade de que­brar a pas­si­vi­dade das pes­soas»

Hoje, acres­centou, «com­pa­nhias de te­atro, não só em Por­tugal, mas também a nível in­ter­na­ci­onal, estão a voltar-se cada vez mais para textos clás­sicos, no­me­a­da­mente de Brecht, que re­flectem os pro­blemas de fundo da so­ci­e­dade».

Esta ape­tência do pú­blico e dos cri­a­dores por peças com con­teúdo so­cial e po­lí­tico, con­si­dera Ma­nuel Men­donça, «é um sinal de que algo se está a passar, e só posso in­ter­pretar os graves cortes dos apoios do Es­tado à cul­tura, em par­ti­cular ao te­atro, como uma ten­ta­tiva de es­tancar esta ten­dência». E a pro­pó­sito lem­brou o su­cesso ex­tra­or­di­nário da peça «Mãe Co­ragem e Seus Fi­lhos», le­vada à cena pela Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada, bem como de ou­tras peças de Ber­tolt Brecht, todas elas com grande êxito.

 

En­chentes de pú­blico

 

À se­me­lhança das edi­ções an­te­ri­ores, o Avan­te­atro co­nheceu uma grande afluência de vi­si­tantes: «Ti­vemos mais pú­blico que no ano pas­sado», disse ao nosso jornal o mesmo res­pon­sável. E de facto tes­te­mu­nhámos ver­da­deiras en­chentes, como foi o caso de «O Rei Vai Nu», peça apre­sen­tada pelo Te­atro Ex­tremo, que di­vertiu os pe­que­notes e talvez tenha também feito re­flectir os adultos. Ins­pi­rada no conto «O Fato novo do Im­pe­rador», de Hans Cris­tian An­dersen, o es­pec­tá­culo re­corda-nos que bastou um ra­pa­zinho ex­clamar «mas ele vai nu!», para que a mul­tidão re­co­nhe­cesse a evi­dência. O te­cido má­gico, que ale­ga­da­mente só podia ser ad­mi­rado por gente in­te­li­gente, afinal era uma burla e o rei es­tava de facto nu.

Outra en­chente acon­teceu com a «A Purga do Bebé», peça agora en­ce­nada por Jo­a­quim Be­nite, que já em 2005 tinha sido le­vada ao Avan­te­atro igual­mente pela Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada, com en­ce­nação de Vítor Gon­çalves. A farsa hi­la­ri­ante de Ge­orges Fey­deau, es­crita em 1910, conta-nos a his­tória de um fa­bri­cante de por­ce­lana, dis­posto a tudo para obter um con­trato do Es­tado de for­ne­ci­mento de ba­cios ao exér­cito. O ne­gócio acaba por fa­lhar, mas ficam ex­postas a falta de prin­cí­pios da grande bur­guesia e os me­an­dros da cor­rupção no Es­tado ca­pi­ta­lista.

Sobre as chagas abertas pelo sis­tema, que re­duziu tudo ao di­nheiro e ao lucro e lançou mi­lhões na mi­séria, falou-nos o es­pec­tá­culo de A Bar­raca «A He­rança Mal­dita». A peça, es­crita pelo dra­ma­turgo bra­si­leiro Au­gusto Boal, um dos fun­da­dores da com­pa­nhia lis­boeta, fa­le­cido em 2009, foi clas­si­fi­cada pelo pró­prio autor de «co­média negra». Ao longo de cerca de hora e meia as­sis­timos aos con­flitos no in­te­rior de uma fa­mília a pro­pó­sito de uma su­posta he­rança. O am­bi­ente é de vi­o­lência ex­plí­cita, ouvem-se com re­gu­la­ri­dade dis­paros de me­tra­lha­dora, as pró­prias per­so­na­gens estão ar­madas e ame­açam-se com re­vól­veres e facas. Através desta fa­mília ima­gi­nária, Boal de­nuncia a vi­o­lência do ca­pi­ta­lismo, a sub­versão dos va­lores e a di­visão da hu­ma­ni­dade entre os que con­trolam as re­la­ções eco­nó­micas, os que estão in­se­ridos no sis­tema e uma massa imensa de ex­cluídos, con­de­nados ao de­sem­prego e à in­di­gência.

Noutro re­gisto, mas abor­dando igual­mente os graves pro­blemas so­ciais da ac­tu­a­li­dade, o Te­atro de Ferro apre­sentou o es­pec­tá­culo ao ar livre «Ópera dos 5 € (aka Trans-gueto ex­press)», uma evo­cação da cé­lebre «Ópera dos Três Vin­téns». Mas aqui com mú­sica tecnho e rap, e em vez dos pe­dintes e men­digos da ópera de Brecht e Weil, vemos imi­grantes in­do­cu­men­tados e per­se­guidos, campos de re­clusão, ven­de­dores de rua e ou­tros que di­a­ri­a­mente tentam so­bre­viver nas me­tró­poles eu­ro­peias, onde são tra­tados como ci­da­dãos des­clas­si­fi­cados.

Vol­tando mais uma vez aos textos de Brecht, o Te­atro da Rainha ocupou o palco do bar com «Ka­baret Keuner e ou­tras his­tó­rias de Ber­tolt Bre­chet». Keuner, in­ter­pre­tado por José Carlos Faria, é um pa­lhaço pen­sador, quiçá um re­trato do pró­prio Brecht, que in­daga a re­a­li­dade, pro­cu­rando e in­ci­tando à acção. Numa das suas his­tó­rias, Keuner re­corda que «uns o ti­nham con­vi­dado a viver num belo salão e ou­tros su­ge­riram-lhe que se ins­ta­lasse na co­zinha e me­tesse a mão na massa com os co­zi­nheiros». Es­co­lheu a co­zinha «porque só ali po­deria agir».

E mos­trando que as massas po­pu­lares são o motor da his­tória, na sua luta de classe contra a ex­plo­ração e a feroz opressão dos ricos e po­de­rosos, a com­pa­nhia do Fundão ESTE – Es­tação Te­a­tral re­cu­perou e en­cenou a re­volta do povo do Souto da Casa, ocor­rida em 1892 nesta pe­quena al­deia do con­celho do Fundão. Há quase 120 anos, a po­pu­lação, vendo-se pri­vada do di­reito de cul­tivo das terras do Car­va­lhal, juntou-se e tomou pela força o imenso la­ti­fúndio, se­ques­trando o seu feitor e obri­gando-o a car­regar um pe­sado tronco de cas­ta­nheiro desde o alto da Serra até ao po­voado. Du­rante a pe­nosa ca­mi­nhada, a mul­tidão per­gun­tava com in­sis­tência ao cas­ti­gado: «De quem é o Car­va­lhal?». O feitor mar­ti­ri­zado res­pondia «é vosso!», mas não era essa a res­posta que todos que­riam ouvir. Por fim, su­cum­bindo à dor e ao so­fri­mento, o re­pre­sen­tante do pro­pri­e­tário en­contra as pa­la­vras certas: «O Car­va­lhal… é nosso!»

 

Te­atro… e muito mais

 

A ca­pa­ci­dade de atrair pú­blicos das di­fe­rentes ca­madas etá­rias, dos super-novos aos mais idosos, é uma das ca­rac­te­rís­ticas únicas da Festa do Avante! que pode ser ob­ser­vada, muito em par­ti­cular, no es­paço do Avan­te­atro. Nas ma­nhãs de sá­bado e do­mingo, foi ver a pe­que­nada in­vadir as ban­cadas para as­sistir a «Verdi Que te Quero Verdi», da Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada e ao «O Se­nhor de la Fon­taine em Lisboa», pela Lua Cheia. Mas não só. No início da tarde de sá­bado, o es­paço bar ficou so­bre­lo­tado de cri­anças e acom­pa­nhantes adultos para a «ofi­cina» de Ma­nuela Aze­vedo e Hélder Gon­çalves. Trata-se de uma ini­ci­a­tiva que os dois mú­sicos dos Clã têm re­a­li­zado em es­colas para um má­ximo de 60 cri­anças. Na Festa mais de 200 pes­soas, miúdos e graúdos, as­sis­tiram ao que ali se passou: his­tó­rias can­tadas por uma voz es­tu­penda, acom­pa­nhadas pela ri­queza das cordas de Hélder Gon­çalves. Pelo meio, de­li­ciamo-nos com o diá­logo que a can­tora es­ta­be­leceu com a jovem pla­teia sen­tada no chão.

Além da dança tra­zida pela Com­pa­nhia de Dança de Al­mada, houve mais mú­sica com Laura Fer­reira 5teto, api­men­tada com o humor do «Rock Alen­te­jano», de Fer­nando Castro e Edu­ardo Sal­gueiro, que en­cer­raram a pro­gra­mação desta edição. Pouco antes, ha­víamos as­sis­tido ao ar­re­ba­tador tango do trio de Da­niel Sch­vetz e seus bai­la­rinos. So­avam os me­lo­di­osos acordes do tango ar­gen­tino quando um jovem casal se apro­ximou do palco em­pur­rando um car­rinho de bebé. Tra­varam a pe­quena vi­a­tura com o seu si­len­cioso ocu­pante, de­po­si­taram as mo­chilas no chão, re­co­lheram à pe­numbra do cor­redor de acesso, abra­çaram-se e val­saram o tango.

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1. «A Ver­da­deira His­tória da To­mada do Car­va­lhal», Este Es­tação Te­a­tral

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2. «Ópera dos Cinco Euros», Te­atro de Ferro

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3. «A He­rança Mal­dita», A Bar­raca

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4. «Ka­baret Keuner e Ou­tras His­tó­rias», Te­atro da Rainha

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5. «Verdi Que te Quero Verdi», Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada

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6. «Mú­sica In­fância», Ma­nuel Aze­vedo e Hélder Gon­çalves

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7. «A Purga do Bebé», Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada

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8. Laura Fer­reira 5teto

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9. «O Se­nhor de la Fon­taine em Lisboa», Lua Cheia

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10. «O Rei Vai Nu», Te­atro Ex­tremo

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11. Da­niel Sch­vetz Tango Trio

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12. «Rock Alen­te­jano», Fer­nando Castro e Edu­ardo Sal­gueiro

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13. «Casa do Rio», Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada



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