O trabalho a «arder»

Um ins­tru­mento através do qual o Go­verno «pre­tende roubar o povo por­tu­guês para en­cher os bolsos de quem es­pe­cula e de quem vem sa­quear os nosso re­cursos na­tu­rais, através do pacto as­si­nado com a troika», assim foi ca­rac­te­ri­zado pelo de­pu­tado co­mu­nista João Oli­veira o OE para 2012, que tem no ataque brutal aos tra­ba­lha­dores uma das suas faces mais cruéis, como os cortes dos sa­lá­rios, sub­sí­dios de fé­rias e de Natal.

Mas não só. A fa­ci­li­tação dos des­pe­di­mentos, a re­dução das in­dem­ni­za­ções por des­pe­di­mento, o au­mento dos im­postos sobre os ren­di­mentos do tra­balho, o corte das horas ex­tra­or­di­ná­rias e esse gi­gan­tesco roubo que é o au­mento do ho­rário de tra­balho são ou­tras tantas mal­fei­to­rias deste OE que, se­gundo o de­pu­tado do PCP, tra­duzem com muita cla­reza aquele que é «o ca­rácter deste Go­verno e da sua po­lí­tica de re­tro­cesso so­cial e ci­vi­li­za­ci­onal».

E as­si­nalou que a meia hora a mais que o Go­verno pre­tende impor sig­ni­fica obrigar os tra­ba­lha­dores a tra­ba­lhar mais duas horas e meia por se­mana. Pior, o que o Go­verno pre­tende impor, acusou, «é a eli­mi­nação de um dos dias de des­canso se­manal». Tudo so­mado – au­mento do ho­rário de tra­balho e eli­mi­nação de al­guns fe­ri­ados –, na prá­tica, trata-se de impor «um mês de tra­balho à borla, sem sa­lário», con­cluiu.



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