Delapidar os recursos

A in­ter­venção do mi­nistro da Eco­nomia foi re­su­mida por Bruno Dias na se­guinte frase: «o País está à beira do abismo e o Go­verno quer que ele dê o passo em frente».

E con­si­derou que o Go­verno o que pre­tende impor ao País não é ne­nhuma «vi­ragem» ou «mu­dança» mas ir mais longe do que nunca na apli­cação da mesma re­ceita de «des­man­te­la­mento e roubo dos re­cursos» do povo e do País.

«É prego a fundo», afirmou, dando como exemplo a anun­ciada pri­va­ti­zação da ANA e a ali­e­nação da rede ae­ro­por­tuária, «tal como pro­punha o PS, como se fez na Grécia, com os re­sul­tados co­nhe­cidos».

E lem­brou que se o Go­verno PS ti­vesse pri­va­ti­zado a TAP, «esta já não exis­tiria e teria ido na en­xur­rada da Swis­sair».

Acusou ainda o Exe­cu­tivo de querer en­cerrar cen­tenas de qui­ló­me­tros de fer­rovia por todo o País, dei­xando as po­pu­la­ções ao aban­dono, «impor um re­co­lher obri­ga­tório, cortar li­ga­ções, fe­char o Me­tro­po­li­tano, acabar com car­reiras de au­to­carros, «abrir o ape­ti­toso ne­gócio aos grupos eco­nó­micos».

«Para estes, ver­berou, «já há di­nheiro, para essas par­ce­rias pú­blico-pri­vadas o di­nheiro não falta».

O mesmo em re­lação ao en­cer­ra­mento de postos dos CTT e dos ser­viços pos­tais. Uma po­lí­tica di­a­me­tral­mente oposta à pre­co­ni­zada pelo PCP, que en­tende que o di­nheiro deve ir buscar-se onde ele está.

Álvaro Santos Pe­reira, para quem o in­ves­ti­mento pú­blico é uma «fan­tasia» e uma «mi­ragem», num exer­cício de su­prema hi­po­crisia, disse que as «re­formas [do Go­verno] são para salvar as em­presas e os postos de tra­balho». E voltou a re­cusar qual­quer re­es­tru­tu­ração da dí­vida, ar­gu­men­tando que tal con­du­ziria a «uma de­pressão».



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