Afundar na recessão

O deputado comunista Honório Novo acusou o primeiro-ministro de querer que o País pague em juros 8800 milhões de euros em 2012, dos quais 1800 milhões são encargos da tal «ajuda» amiga da troika. Mais em juros do que o previsto para gastar em Saúde.

«Como é que quer pagar estes quase nove mil milhões de euros de juros? É indo ao bolso da banca? Da EDP, da GALP, do Amorim?», perguntou, certo da resposta: «Claro que não».

«Vai pagar os juros através de cortes brutais: 7000 milhões em despesas sociais, em reformas, subsídios, despedimentos da função pública, através de novos e brutais aumentos de impostos (quase 2900 milhões de novos impostos) sobre as pequenas empresas, sobre quem trabalha, sobre quem já não aguenta mais», verberou.

E por isso aconselhou Passos Coelhos a não meter a cabeça na areia como a avestruz, sublinhando que «não há qualquer hipótese» de este OE ser executado no meio da profunda recessão para a qual o Governo está a atirar o País – três por cento de recessão, segundo as previsões nesse mesmo dia divulgadas pela Comissão Europeia, que colocou o nosso País a recuar abaixo das previsões de recuo para a Grécia.

Daí o desafio lançado ao Governo para que renegoceie a dívida pública nacional, «antes que seja tarde», promovendo simultaneamente uma alteração do ritmo de consolidação orçamental, com alargamento substancial dos prazos para reduzir o défice orçamental e aproveitar as folgas para fomentar o crescimento e evitar que o País entre em colapso social.



Mais artigos de: Assembleia da República

Máxima exploração e empobrecimento

A maioria governamental PSD-CDS/PP, contando com a abstenção do PS, aprovou na generalidade, sexta-feira passada, o Orçamento do Estado para 2012, peça fundamental do pacto de agressão e da sua política de máxima exploração do capital sobre o trabalho.

Artimanhas

Entre o PS e as bancadas do Governo e da maioria, na manhã do primeiro dia de debate, quase tudo girou em torno da questão da folga e da almofada das cativações no OE. O PS a dizer que sim, que há, em favor da reposição de um dos subsídio que o Governo quer roubar;...

Máxima exploração e empobrecimento.

A maioria governamental PSD-CDS/PP, contando com a abstenção do PS, aprovou na generalidade, sexta-feira passada, o Orçamento do Estado para 2012, peça fundamental do pacto de agressão e da sua política de máxima exploração do capital sobre o trabalho.

Profissionais da mentira

«Já ouvi dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disto e é um disparate». A frase é do agora primeiro-ministro, Passos Coelho, e foi por si escrita numa das redes sociais no dia 1 de Abril, era então ainda – apenas –...

Apertos e falências

A situação das micro, pequenas e médias empresas, incorporada vezes sem conta nos discursos do PSD e do CDS e agitada como bandeira eleitoral, desapareceu por completo das suas prioridades e preocupações. Um facto que o deputado comunista Agostinho Lopes não deixou passar em...

Delapidar os recursos

A intervenção do ministro da Economia foi resumida por Bruno Dias na seguinte frase: «o País está à beira do abismo e o Governo quer que ele dê o passo em frente». E considerou que o Governo o que pretende impor ao País não é nenhuma...

O trabalho a «arder»

Um instrumento através do qual o Governo «pretende roubar o povo português para encher os bolsos de quem especula e de quem vem saquear os nosso recursos naturais, através do pacto assinado com a troika», assim foi caracterizado pelo deputado comunista João Oliveira o OE para 2012,...

Roubar aos pobres

«A Constituição saída do 25 de Abril consagra direitos na protecção à pobreza, não consagra esmolas ou caridadezinha». Foi esta máxima que o deputado comunista Jorge Machado fez questão de realçar no debate para mostrar como a...

Penhorar o País

O Governo fechou-se em copas e nada esclareceu sobre o processo de privatizações, apesar de muito instado a pronunciar-se pelo deputado comunista Paulo Sá. Este lembrou, nomeadamente, como em resultado das privatizações o Estado «perde o controlo de sectores estratégicos da...

O antes e o depois

Os discursos inflamados do CDS/PP em defesa dos pensionistas, dos contribuintes, dos agricultores, das PME esfumaram-se num ápice com a sua entrada no Governo. Como longe vai já o tempo da sua indignação pelo aumento da carga fiscal, dos cortes no abono de família ou sobre a...

Um orçamento de falência nacional

O Orçamento que hoje começamos a discutir não é um acto isolado; é uma peça de uma vasta ofensiva contra os direitos das populações e dos trabalhadores, visando o aumento da exploração e uma ainda maior concentração da riqueza....