Coimbra - Ampla participação

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Em Coimbra, à semelhança do resto do País, a greve geral constituiu uma grande jornada de luta. Milhares de grevistas concentraram-se na Praça 8 de Maio, onde ouviram as intervenções de balanço da greve, aprovaram uma moção de apoio à greve geral e decidiram ainda uma deslocação até à ACT naquela cidade.

No Sector Ferroviário, em Coimbra, a greve geral foi um enorme êxito, com uma forte adesão dos trabalhadores, apesar do condicionamento feito pela administração através da imposição de serviços mínimos abusivos e injustos.

No âmbito dos trabalhadores da Administração Local a greve geral teve uma muito boa expressão. Na recolha de lixo de Coimbra a adesão rondou os 100% e os Serviços Municipalizados de Transportes de Coimbra tiveram uma adesão à greve de 95%, deixando a Cidade de Coimbra praticamente sem transportes. Na empresa Águas da Figueira a adesão foi de 80%.

Nos Transportes Rodoviários, por seu lado, verificou-se a paralisação de 85 % dos trabalhadores da Moisés Correia de Oliveira, empresa sediada em Montemor-o-Velho, e na RBL/grupo TRANSDEV, entre o grupo fixo e o móvel, cerca de 80%.

Na Cofisa, empresa conserveira da Figueira da Foz, 75% das operárias fizeram greve, na Secil – prebetão, fabricação de produtos de cimento, houve uma adesão de 100% e na Cinca, empresa cerâmica, 50% dos trabalhadores não foram trabalhar.

Nos CTT houve uma adesão de 86% na zona Centro sendo que no centro de distribuição de Taveiro e de Montemor-o-Velho a adesão rondou os 100%.

No sector da Administração Pública Central foram muitos os serviços e repartições encerradas. Encerraram 10 cantinas da Universidade de Coimbra. Nos Hospitais da Universidade de Coimbra, Covões, Pediátrico, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra apenas foram cumpridos os serviços mínimos.

No sector da Educação, pela acção conjugada de trabalhadores docentes e não docentes, encerraram mais de 25 escolas em Coimbra, sendo que o Sindicato dos Professores da Região Centro indica uma adesão de 85% dos professores.

No Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra todos os bolseiros de investigação fizeram greve.

A greve dos trabalhadores do sector da hotelaria teve efeitos nas cantinas escolares que contribuíram para o encerramento de várias escolas. Nos Hospitais da Universidade de Coimbra, a adesão foi de 70% na alimentação e nos refeitórios da Maternidade Bissaia Barreto e da cantina da Escola de Enfermagem Bissaia Barreto, que encerraram.



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